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O técnico Péricles Chamusca (dir.) conversa com o auxiliar Marcelo Serrano | AlbariRosa/ Gazeta do Povo
O técnico Péricles Chamusca (dir.) conversa com o auxiliar Marcelo Serrano| Foto: AlbariRosa/ Gazeta do Povo

Sem opções, Coxa já estreia Germano

O volante Germano mal chegou ao Coritiba e já vai estrear. Contratado na segunda-feira do Londrina, por empréstimo, o jogador participou de apenas um treinamento, mas o suficiente para que o técnico Péricles Chamusca o coloque entre os titulares para enfrentar o Flamengo hoje, às 21h50, no Couto Pereira.

A urgência na presença do atleta é muito mais por falta de opção do que por uma escolha do treinador. Os quatro principais volantes do elenco estão fora. Enquanto Júnior Urso, Willian e Uelliton seguem em recuperação de lesões, Gil está suspenso. Sobraram, então, Germano e Marcos Paulo.

Ele não é o primeiro a chegar e estrear em tão pouco tempo. Neste ano, isso ocorreu com o lateral-esquerdo Diogo e os atacantes Vitor Júnior e Bill.

Para hoje, outra novidade é a volta do zagueiro Luccas Claro, que se recuperou de uma lesão muscular. A dúvida fica na lateral esquerda. Com Escudero suspenso, Iberbia e Diogo brigam pela vaga.

Agora a briga é outra. Ao invés de vislumbrar uma vaga no G4 – o que esteve bem vivo no início do Brasileirão –, o Coritiba abre oficialmente hoje, a partir das 21h50, diante do Flamengo, no Couto Pereira, a luta contra o rebaixamento.

INFOGRÁFICO: Situação atual lembra as campanhas de 2005 e 2009, quando o time caiu. Confira

Uma incômoda realidade deixa o Alviverde em margem de manobra, agora sob o comando de Péricles Chamusca. Um triunfo é obrigatório: "Uma vitória contra o Flamengo já vira a página que estamos vivendo", resumiu o novo treinador, a respeito da importância da partida desta noite.

O Coxa entra na rodada na 14.ª colocação – a pior da equipe nesta edição do campeonato –, separado da zona da degola por dois times e seis pontos. Uma derrota no Couto Pereira levaria a equipe automaticamente para a 15.ª posição e, dependendo dos resultados, arriscado a fechar a rodada a apenas três perigosos pontos da ZR.

Internamente, o que preocupa não é nem tanto a distância para o grupo do descenso, mas o fato de que a equipe até agora não demonstrou em campo ser capaz de reverter a situação. Dividindo a competição em duas, a derrocada é assustadora. Nos últimos 12 jogos, seis derrotas, cinco empates e apenas uma vitória. O aproveitamento de 22% é de time rebaixado – o Náutico, na lanterna, alcançou 19% dos pontos disputados.

No segundo turno, dos 20 times da Série A, o Alviverde só não foi pior do que Corinthians, Vasco e Criciúma – esses dois últimos estão na região da degola.

Diante desse cenário de pré-desespero, o Coritiba confia na mudança de treinador. Péricles Chamusca foi apresentado na segunda-feira, conduziu um único treinamento ontem e vai para o jogo hoje tentando fazer o que o time não faz há cinco rodadas: vencer. E, se possível, duas vezes seguidas: sobre o Flamengo, hoje, e o Atlético, no clássico de domingo.

"É uma oportunidade grande chegar num momento difícil e ter Flamengo e depois o grande clássico local. É uma chance de mostrar capacidade de trocar a marcha, porque com duas vitórias dá para arrancar e começarmos uma nova fase", analisou Chamusca.

Uma rápida troca de marcha pode evitar o Alviverde de começar a lembrar das melancólicas campanhas de 2005 e 2009, que levaram o time para a Segunda Divisão. Na primeira, há uma semelhança com a atual. Depois de começar na parte de cima da tabela, foi caindo e chegou a essa altura do campeonato na 12.ª posição entre 22 times. Dali, despencou para a 19.ª. Em 2009, era o 15.º colocado e foi brigando até o fim, entrando na ZR só na última rodada.

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