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Confira no infográfico escalações e informações sobre o clássico deste domingo |
Confira no infográfico escalações e informações sobre o clássico deste domingo| Foto:

Os bancos de reserva do Cou­­to Pereira vão abrigar hoje à tarde dois técnicos marcados por características opostas. Enquanto o atleticano Juan Ra­món Carrasco é criticado por ousar, trocar jogadores de posição e, às vezes, inventar demais, o coxa-branca Marcelo Oliveira é cobrado por seu conservadorismo em excesso e cautela nas substituições. Predicados que, apesar da negativa de ambos, serão vistos no Atletiba de número 350.

O uruguaio Carrasco chegou à Baixada no começo do ano carregando a fama de "ino­­vador". E tem feito jus à alcunha, com louvor. Se não bastasse trocar jogadores com poucos minutos de bola rolando, algo até certo ponto corriqueiro, o treinador testou o zagueiro Manoel como centroavante contra o Corinthians-PR (7/4). Sem sucesso, obviamente.

"Você vê o Pablo [atacante] na lateral direita, o Paulo Baier, que é um meia que poderia jogar bem mais avançado, mas joga como volante, o Foguinho [volante] na zaga. É o estilo do Carrasco, e que vem dando certo. Nós temos de nos dispor, sair da área de conforto para ajudar a equipe", atesta o meia Marcinho, que vem atuando como centroavante. Ele foi o único jogador do clube a conceder entrevista na semana do clássico.

"Uma equipe precisa ter um padrão de jogo, como mandante ou visitante, jogar para ganhar... Meu esquema não é ultraofensivo. Quando temos a bola, atacamos. Quando não temos, defendemos", diz o uruguaio.

O comandante alviverde, por outro lado, enfrenta forte oposição de parte da torcida justamente por não inovar. Desde o início do Paranaense de 2011, quando foi contratado, Oliveira costuma fazer trocas simples, como alterar um atacante pelo outro.

Ainda está na memória do torcedor a final da Copa do Bra­­sil, quando o Coxa precisava vencer e começou com três volantes, e o último jogo do Brasileiro do ano passado, quando o Alviverde não teve capacidade ofensiva de derrotar um Atlético que já sabia no intervalo que estava rebaixado à Série B.

Oliveira se defende. "Não dá para avaliar. No ano passado nós tivemos o melhor ataque do Brasil e isso era pouco dito", rebate o treinador, citando os 142 gols feito pelo Coritiba em 2011. O Vasco, segundo colocado na artilharia do ano, fez 130.

"Estes são meus números. Nós tivemos 24 vitórias [seguidas]", diz, se apegando ao passado. "Os números dizem e os jogos vão dizer quem é mais o quê. Eu acredito em fu­­tebol com equilíbrio, prego isso e vou sempre agir dentro da minha convicção", avisa Oliveira.

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