O problema do baixo aproveitamento de gols do Coritiba neste Brasileirão vai além da pontaria ou falta de tranquilidade dos atacantes. Os passadores do time não têm ajudado como deveriam para melhorar o ataque do time, o 3º pior do torneio com apenas 7 gols em 12 jogos, e o pior do próprio time nos últimos 13 anos.
A média de cruzamentos errados do time no campeonato é de 15,3 por partida, contra apenas 3,5 cruzamentos certos. O apoio dos laterais é apontado como fundamental para o sucesso de um bom atacante. “Um bom centroavante tem de ter bons laterais. Eu tinha o Adriano e o Ceará que facilitavam muito minha vida. Hoje vejo que esse é um dos problemas do Coritiba”, aponta o ex-atacante Marcel, artilheiro do Coxa no Brasileirão de 2003, com 20 gols.
- Ney Franco lamenta não ter usado Keirrison contra a Ponte Preta
- Desfalques e fragilidade em casa preocupam o técnico Ney Franco
- Coritiba é o quinto pior mandante do Brasileiro
- Coritiba faz menos gols do que em campanhas que acabou rebaixado
- ENQUETE: Alex deveria aceitar o convite para ser dirigente do Coritiba?
- Intervalo: Vilson sugere reunião de ex-presidentes para ajudar Coritiba a sair da crise
Hoje aposentado por problemas no joelho, o atacante acompanha todos os jogos do Alviverde. Apesar de ter nascido em Mirassol-SP, foi no Alto da Glória que Marcel despontou e onde ficou por seis temporadas. Além dos laterais, os meias também têm influência direta no aproveitamento dos atacantes. E no Coritiba a falta de um “10” é determinante.
“Precisa de um jogador efetivo para esse setor. Não desmerecendo quem está aí, mas o Alex provou que um meia de qualidade pode sustentar um time todo e o Coxa só ficou na Série A por causa dele”, lembrou.
O atacante ressalta que o mercado brasileiro está carente de bons centroavantes, mas diz acreditar que o próprio Rafhael Lucas pode preencher esse espaço. “Quando despontei e fiquei um tempo sem fazer gols, também fui cobrado. Ele tem qualidade, e se o time melhorar, vai junto”, afirmou Marcel. O ex-atacante Coxa ainda pede a paciência do torcedor. “Eles precisam acolher com mais carinho quem é da base e tem vínculo forte com o clube”.
Deixe sua opinião