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Desde a saída de João Paulo Medina, Maurício Andrade comanda o futebol do Coxa. | Antônio More/Gazeta do Povo
Desde a saída de João Paulo Medina, Maurício Andrade comanda o futebol do Coxa.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Pupilo de João Paulo Medina, Maurício Andrade, 43 anos, comanda hoje o futebol do Coritiba. Consultor de Gestão Esportiva, o dirigente chegou ao clube junto com o ex-CEO, acompanhando toda a implementação do projeto que elegeu Rogério Bacellar em dezembro. Com a saída do vice-presidente de futebol, Ernesto Pedroso, Andrade ganhou destaque, promovido a diretor executivo. Nessa terça-feira (14), ele tratou de vários assuntos que norteiam o time de Ney Franco. Pediu calma para a torcida, citou o possível acerto com Alex, problemas financeiros do clube, excesso de contusões...

Contratações

“Temos obrigação de sempre estar buscando [atletas] e não vai parar até que as janelas [de transferências] se fechem . O Coritiba continua buscando atletas, sim.”

Até agora o Coritiba contratou 22 jogadores para esta temporada se for somado o zagueiro Rafael Marques, que ainda não foi apresentado oficialmente.

Pratas da casa

“Peço paciência com os meninos. No nosso último jogo em casa [0 x 0 Joinville], a primeira bola que o Henrique errou, a torcida caiu em cima. O menino já ficou abalado e aí realmente aumentam as dificuldades. Eu acho que o nosso torcedor tem todo direito depois do jogo de reclamar, dentro de alguns limites, evidentemente, mas precisamos dar força para esses meninos. Estão em um processo de maturação. São meninos em que nós acreditamos, com contratos renovados para mais de quatro anos. Não são apostas. O clube tem a convicção de que vão se tornar ídolos do Coritiba, mas precisam, neste momento de dificuldade, de apoio.”

A promessa de campanha dessa gestão é que um terço do elenco fosse de jogadores criados nas categorias de base, o que tem sido cumprido. Titulares da nova geração são os dois laterais e o atacante Rafhael Lucas.

Alex

“Eu conversei com o Alex na quinta-feira da semana passada e combinamos de ter outra conversa nesta quinta (16). Nesse primeiro momento, ele necessita conhecer um pouco do projeto que nós estamos desenvolvendo para ver se interessa a ele. Eu não tenho dúvida de que o Alex – como ídolo e homem experiente do futebol que é – viria agregar. A função que ele exerceria não está ainda muito clara, pois precisamos escutar as expectativas do Alex com o clube também.”

O convite para que Alex participasse como dirigente ocorreu após a saída do vice-presidente de futebol, Ernesto Pedroso. O ex-jogador, para quem o clube deve dinheiro, pediu 10 dias para pensar, prazo que acaba no final desta semana.

Dinheiro

“Nós temos a condição de hoje competir com uma certa fragilidade nessa relação [contra clube com maiores receitas]. Nós não temos recurso sobrando. Estamos respeitando o orçamento, fazendo sempre a troca justa: sai atleta de um nível salarial, entra ouro da mesma faixa – como ocorreu com o Rafael Marques e o Welinton.”

Kléber Gladiador

“Não temos condição de ficar esperando muito... Isso é algo que nos aperta e nos sufoca em determinadas situações. Nós precisamos reverter o quadro e o atleta na época foi avaliado clinicamente, foi avaliado fisicamente e se chegou a conclusão de que ele teria condição de entrar em campo, sem problemas. Assim como tantos outros que entram e acabam se lesionando. É uma infelicidade o que aconteceu com o Kléber.”

O atacante estreou no fim de junho no Coxa após sete meses sem jogar uma partida e com histórico de lesões. Mesmo assim, o clube nega que houve precipitação na estreia.

Número de lesões

“Se você for observar as outras equipes que estão disputando o Brasileiro, nós temos hoje cinco jogadores no departamento médico. O Fluminense há pouco tempo estava com 11. Não é muito diferente pelo nível de competitividade que tem. O que ficamos prejudicados em diversas situações é que nós não temos uma quantidade grande de atletas com a experiência que outros elencos têm para a pronta substituição.”

Departamento médico

“Entendemos que o trabalho do Centro de Excelência do Esporte do Coritiba (CEECOR) está a contento. O pessoal é extremamente dedicado, muito qualificado, o doutor [José Fernando] Macedo está nos ajudando também há 45 dias e nós temos a certeza de que trabalhando em conjunto a gente tem chance de melhorar o que está sendo construído.”

Apostas

“O planejamento de futebol fez algumas apostas [no início do ano]. É uma gestão nova que está começando e é natural, nós não estamos falando de nenhum absurdo. Mas o tempo e a competição na qual nós estamos inseridos, ela não nos permite mais fazer apostas. Esse é um conceito que está resolvido dentro do Coritiba. Os próximos atletas virão em condição de serem titulares.”

Sem dinheiro para contratar, o início do ano do Coxa foi de muitas apostas. Estão entre elas o meia Rodolfo, o volante Alan Santos e os atacante Giva, Negueba e Mazinho.

Rafhael Lucas

“O nível de competitividade do Paranaense é muito abaixo do Brasileiro. Tirando talvez o jogo da final, quando a gente teve um nível de intensidade um pouco maior, os outros jogos você não pode tirar parâmetros. E o Rafhael começou a pegar outros atletas, onde o nível de competitividade e de experiência realmente vão fazer com que ele amadureça, mas ele vai enfrentar um nível de dificuldade maior e vai ter dificuldade em relação a isso.

É mais um atleta com quem nós temos de ter um pouco de paciência. São meninos que durante muito tempo tentamos fazer com que viessem a participar do processo da equipe profissional do Coritiba. Se nós não dermos força, não apoiarmos, realmente aí fica muito difícil.”

O prata da casa virou titular no início do ano com a contusão de Keirrison e foi o artilheiro do Paranaense, com 12 gols. No ano, já fez 16 gols em 32 partidas disputadas.

Léo Moura

“Nós temos um departamento jurídico muito atento a tudo o que está acontecendo neste caso. E o nosso jurídico disse: ‘Tem duas equipes que ele já jogou. A terceira [o Coritiba], se ele conseguir a liberação, através de uma liminar, beleza! Jogamos a responsabilidade para o atleta. Cumprimos as obrigações que nós propusemos, mas essa liberação é 100% obrigatoriedade dele. Estamos aguardando o retorno do jogador, mas temos alguns limites de janela. Se não me engano, dia 21 desse mês.”

Como jogou uma partida pela Copa do Brasil pelo Flamengo, Léo Moura, ex-jogador do americano Fort Lauderdale não pode fazer mais nenhuma partida por campeonatos nacionais por uma terceira equipe neste ano. O atleta tenta na Fifa uma liminar que o permita quebrar essa regra.

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