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João Paulo Medina assumiu a direção do futebol coxa-branca, mas prefere o termo CEO: "é mais amplo". | Henry Milléo/Gazeta do Povo
João Paulo Medina assumiu a direção do futebol coxa-branca, mas prefere o termo CEO: "é mais amplo".| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

A primeira medida da nova diretoria do Coritiba, que tomou posse na noite de quinta-feira (18) e concedeu entrevista coletiva no dia seguinte, foi oficializar as já esperadas contratações de João Paulo Medina, para o cargo de diretor executivo do futebol alviverde (quer ser chamado de CEO, sigla em inglês), e Marquinhos Santos, mantido à frente da comissão técnica alviverde.

Confirmado, o primeiro objetivo de Medina é dissecar o departamento de futebol. "Sem diagnóstico correto, a chance de dar o remédio errado é muito grande". Ele afirma que relutou em aceitar o convite temendo a realidade atual do futebol e as enormes interferências externas. A prioridade será criar uma nova filosofia para o futebol em todas as categorias. "Se o futebol não funciona bem a, gestão não será reconhecida", afirmou.

"É um desafio enorme, com enormes dificuldades no curto e médio prazo. Não podemos fazer tudo que gostaríamos já, mas o trabalho tem de começar", prometeu. Medina elogiou o trabalho desenvolvido por Mazzuco nas categorias de base do Coxa, mas ressaltou que será necessário ter uma filosofia unificada (coisa que o rival Atlético, por exemplo, já tem). "A passagem do jovem para o principal é problema de todos os clubes. Se não implantarmos uma metodologia integrada, com a participação de todos, será difícil vencer esse muro quase intransponível", opinou ele, que pediu para ser chamado de CEO (termo em inglês para diretor executivo) e não de diretor de futebol.

"Quero realizar um trabalho diferente do que os diretores costumam realizar. É algo muito mais amplo", explicou. Pelo novo organograma, o departamento de futebol é composto pelo treinador, que responderá ao coordenador técnico (André Mazzuco, que segue no time) e ao supervisor de futebol (Maurício Cardoso, que já exerceu função semelhante em outras gestões). Todos se reportarão a Medina.

Segundo ele – mestre em educação física e criador da Universidade do Futebol –, o convite do Coritiba assustou em um primeiro momento, mas a chance de fazer algo transformador acabou lhe seduzindo. "O clube é reflexo do que acontece no futebol brasileiro. Em geral uma situação crítica, com problemas de gestão e problemas técnicos graves". Garante estar preparado para o desafio.

TreinadorO responsável por colocar os jogadores em atividade será novamente Marquinhos Santos. Depois de quase acertar com o Vasco, o treinador foi procurado pela nova diretoria após as eleições e, dentro da filosofia de trabalho dos novos gestores, negociou um novo acordo, com salários menores, mas com maior duração. "A continuidade é essencial para colocarmos o Coritiba num patamar diferente", disse o treinador. "Não foi por dinheiro que fiquei, mas para dar continuidade no trabalho".

Marquinhos já passou uma lista de jogadores que interessam para 2015, dentro de um novo teto salarial e enquadramento na filosofia. "Deixei claro as necessidades e apresentei uma lista de prioridades para que a diretoria me entregue uma equipe competitiva". A definição sobre a utilização ou não de uma equipe alternativa no Paranaense será dada após metade dos trabalhos de pré-temporada. "Se começarmos com o sub-17, eles têm de honrar o compromisso de vestir a camisa Coxa e ser um time forte".

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