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Hector Kozak, 8 anos, chora ao encontrar o ídolo coxa-branca | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Hector Kozak, 8 anos, chora ao encontrar o ídolo coxa-branca| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
  • Alex durante visita ao Colégio Santa Maria
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  • Alex durante visita ao Colégio Santa Maria
  • Alex durante visita ao Colégio Santa Maria

Sabendo que Alex se despede do futebol na última rodada do Brasileiro, o pequeno torcedor do Coritiba Hector Kozak, 8 anos, foi às lágrimas no encontro do meia com alunos do Colégio Santa Maria ontem. Mesmo sentimento de frustração que a chapa de oposição ao presidente Vilson Ribeiro de Andrade terá ano que vem, caso vença a eleição de 13 de dezembro.

Apesar do apelo do empresário André Macias, integrante do G5 na chapa Coxa Maior, para que Alex siga em campo caso o cartorário Rogério Portugal Bacellar chegue à presidência, o craque é enfático: "Não há nenhuma chance de eu mudar de ideia".

Nem a presença da esposa, Daiane Mauad, entre os 160 sócios na chapa de Bacellar muda a programação de Alex. Não tem choro. Ontem mesmo ele deu o passo decisivo para a transição na carreira: matriculou-se no curso de técnico da CBF.

A outra parte do plano para 2015, conforme revela em entrevista à Gazeta do Povo, é ficar mais perto da família. Em especial da filha mais velha, Maria Eduarda, de 10 anos, que pretende seguir carreira como jogadora de tênis.

Você teve participação na inscrição da sua esposa na chapa de oposição na eleição?

Nenhuma. Foi decisão dela. Só fiquei sabendo na hora da inscrição. Mas para mim é indiferente, porque encerro minha carreira no fim do ano. Eu não tenho nada a ver com eleição, mesmo com a minha mulher fazendo parte de uma das chapas, e é bom que isso fique claro. Ela entrou na chapa não por ser minha esposa, mas porque é torcedora do Coxa desde antes de me conhecer. Minha única participação na eleição vai ser, como sócio, votar.

Qual vai ser o peso da Daiane na chapa de oposição?

Ela faz parte dos 160 sócios da chapa, mas, tirando o pessoal do G5, quem se lembra do nome dos outros 155 membros da chapa que venceu a última eleição? Quem comanda o clube é o G5. Talvez o nome dela tenha um certo peso porque é filha do Edison [Mauad, ex-presidente entre 1995 e 1996]. Mas isso não vai atrapalhar em nada a rotina da minha família. Em dezembro entro de férias e viajo com a minha mulher e meus filhos.

A chapa de oposição fez um apelo para que você siga jogando caso o Bacellar vença. Falaram até em acampar na frente da sua casa, como fizeram os torcedores na sua despedida do Fenerbahçe. Alguma possibilidade de voltar atrás na decisão?

Não tem nenhuma chance de eu desistir [de se aposentar]. Eu falei isso para o André [Macias] nesta semana. Ele [Macias] pode propor o que quiser que não muda nada minha decisão. Vou me dedicar à minha família e a outros projetos. No final do Brasileiro, paro de jogar e volto para a arquibancada, independente de quem ganhe a eleição.

E como estão seus planos para fazer a transição de jogador para técnico?

Hoje [ontem] me matriculei no curso da CBF de técnicos, que começa em janeiro. Estou mantendo contato com pessoas do futebol para fazer essa transição. Mas não tenho pressa. Quero acompanhar minha filha nos torneios [de tênis] que ela vai disputar ano que vem. Quero ver jogos do Coxa com o meu filho, mas também do Palmeiras e do Cruzeiro, clubes que tenho história. Quero levá-lo para conhecer a nova arena do Palmeiras e também no clássico do Cruzeiro com o Atlético-MG para ele conhecer o Mineirão. Quero que ele conheça minha história no futebol, que, por ser muito novo, só ouviu falar.

Você fez contato com outro treinador para estagiar?

Não. Mas surgiu o nome do Jorge Jesus, técnico do Benfica, por eu ser muito amigo do Luisão [capitão do time português, com quem Alex jogou no Cruzeiro]. Tem de ver a agenda dele e a minha. Mas não tenho pressa. Quero fazer tudo com calma.

Como vai ser sua participação no Coritiba como jogador aposentado?

Estou à disposição do Coritiba, não das pessoas e nem de chapas. Estive terça-feira com o Vilson e falei isso para ele, que estou à disposição. Assim como também estou à disposição se a oposição vencer.

O empresário Marcelo Almeida declarou nesta semana que o motivo que o fez desistir da candidatura no Coxa foi porque você não aceitou ser diretor de futebol caso ele vencesse. É isso mesmo?

É verdade. Eu jogo futebol desde os 9 anos e agora estou em um momento de fazer o que acho que tenho necessidade. Quem ocupa um cargo de diretor tem de se entregar 100% ao clube e deixar a família de lado, justamente o que eu não quero. Minha satisfação ano que vem vai ser ver minha filha jogar, e não ter de assistir jogos de outros times para contratar jogador.

Visita de Alex

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