O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, disse nesta sexta-feira (13), em entrevista ao programa de televisão Arena SporTV, que precisou sair de Curitiba com sua família por causa de ameaças de morte que teria sofrido devido ao risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
"Eu não posso dizer que foi [torcida] organizada, pois seria leviandade. Nos últimos dois meses, fui ameaçado. Tive de tirar minha família de Curitiba por uma semana. Foi uma ameaça de morte caso o Coritiba caísse", revelou Andrade, quando questionado se membros de torcidas organizadas já haviam o ameaçado.
O dirigente encaminhou uma denúncia à Polícia, que atualmente investiga a autoria das ameaças. "Tem uma ação criminal para quebra de sigilo telefônico. É uma relação que não entendo. O presidente assume o clube por amor, mas quando termina o mandato não tem vontade de voltar a um campo de futebol", lamentou.
Um dos episódios que mais preocuparam o presidente do Coxa foi após a derrota para o Flamengo por 2 a 0, no Couto Pereira, no dia 2 de outubro. "Nada vale a pena quando você é ameaçado por uma derrota. Contra o Flamengo, só saí do estádio às 3 horas da manhã porque veio um monte de ameaças no meu celular", contou.
Vilson Ribeiro de Andrade mostrou-se completamente contrário a que os clubes financiem suas torcidas organizadas. "Eu sou frontalmente contra esse tipo de coisa e não farei. Isso que entendo é gesto covarde, que inibe boas pessoas e princípios do futebol", concluiu.
Logo após a invasão do gramado do Couto Pereira por membros da Império Alviverde quando o Coxa foi rebaixado em 2009, quando se tornou o homem forte do clube - que ainda era presidido por Jair Cirino dos Santos -, Vilson liderou uma campanha de limitação da atuação da organizada. Após se tornar presidente, porém, retomou o diálogo com a facção.
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