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O zagueiro Luccas Claro na chegada a Curitiba depois do empate com o Vitória, em Salvador: trunfo de Marquinhos Santos | Felipe Rosa/Tribuna
O zagueiro Luccas Claro na chegada a Curitiba depois do empate com o Vitória, em Salvador: trunfo de Marquinhos Santos| Foto: Felipe Rosa/Tribuna

O zagueiro Luccas Claro tem aparecido na hora certa no ataque. Quarta-feira, em Salvador, marcou o gol do empate com o Vitória. Antes, em outro confronto contra um concorrente direto na briga contra o rebaixamento, o defensor , de 23 anos, já havia salvado o time: 1 a 0 em cima do Criciúma, no Couto Pereira. O atleta chegou a defender o rival Atlético, mas há sete anos viu o destino encaminhá-lo para o Alto da Glória.

Luccas Claro saiu de Ribeirão Preto para a categoria infantil do Furacão. Não vingou. Foi dispensado ainda adolescente, aos 16 anos. "Na mudança de categoria, explicaram que não contavam com ele pelo excesso de jogadores no juvenil", explica a mãe, Nilza Claro dos Santos. Antes de trocar o vermelho e preto pelo verde e branco, porém, o jogador de 1,82 m ainda passou pelo Trieste, clube amador da capital .

Mas essa transição ficou ameaçada. Prestes a assinar o primeiro contrato profissional pelo Coritiba, um ano depois de sair da Baixada, Luccas Claro – já com um vínculo informal com o Coxa – sofreu uma lesão na partida que deveria marcar sua despedida do clube de Santa Felicidade. Era a semifinal do Paranaense juvenil. O incidente, que poderia ter brecado o interesse alviverde na promessa de 17 anos, acabou sendo apenas um susto. "Ele assinou o primeiro contrato com a perna engessada", admite Rafael Stival, empresário do atleta.

Dono de um nome incomum graças ao pai, que queria uma grafia diferente e optou pela letra c dobrada, o menino Luccas Claro entrou na escolinha de futebol pela primeira vez aos seis anos. "A ideia era fazer um esporte para tirar a criança da rua. No começo ele não gostava muito. Preferia brincar na areia do campo", conta a mãe.

A paixão pela bola veio com o tempo. Cerca de dois anos mais tarde, depois de ter passado por vários setores do campo, acabou fincando raiz na defesa, orientado pelo professor da escolinha. Em casa, o pai ficava jogando a bola para o filho cabecear. Pelo alto, o hoje profissional é sempre perigo para o adversário. "A sensação é de missão cumprida, a gente se sente muito orgulhoso", admite dona Nilza.

Há cinco anos no Coxa, três no elenco principal, o zagueiro ganhou espaço com o técnico Marcelo Oliveira, mas sofreu para ser titular com outros treinadores, como Celso Roth. Em 2013, ficou perto de deixar o Couto devido a dificuldades para renovar o contrato. Ficou. Na última rodada daquele ano, fez o gol que livrou o time do descenso, contra o São Paulo. Atualmente, é o único titular oriundo das categorias de base do clube. Disputou 28 das 35 rodadas.

Contra o Palmeiras, sua "força aérea" será uma das armas ofensivas de Marquinhos Santos. "Quem faz o gol nessa hora é o que menos importa. Jogando em casa, nós não podemos pensar em outro resultado a não ser os três pontos", resumiu ele, que tem vínculo com o Alviverde até o fim de 2016.

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