"Vergonha" obriga o Coxa a se agilizar

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"Estou envergonhado". Foi dessa forma que o vice-presidente de futebol do Coritiba, Paulo Thomaz de Aquino, resumiu a atual situação do clube, o único que não venceu neste Brasileiro e após sete rodadas alcançou o pior início de Nacional da sua história. Algo que fará a diretoria cobrar o elenco de forma veemente antes mesmo do jogo de amanhã contra o Criciúma, fora de casa.

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"Temos de cobrar respon­­sabilidades, principalmente de alguns atletas que estão deixando a desejar", dis­­se Aquino, sem citar nomes. "A maior preocupação é a falta de qualidade nas finalizações. O resultado nos assusta", admite. O vice-presidente coxa-branca ainda afirmou que alguns jogadores podem ganhar uma oportunidade e ci­­tou nominalmente "[lateral-direito] Reginaldo, [e os atacantes] Keirrison e [Jonatha] Fumaça". O primeiro e o último, destaques no Paranaense por Maringá e Rio Branco, ainda não estrearam no Alviverde.

No domingo, após a derrota por 2 a 0 no Atletiba em Maringá, o técnico Celso Roth reclamou publicamente da necessidade da contratação de reforços. Aquino concordou que esse é um problema, mas ponderou que é preciso ter critério para não errar na escolha. "Temos de trazer atletas que venham para jogar", lembrou Aquino, admitindo que a tranquilidade na busca por reforços acabou e que podem aparecer novos nomes antes mesmo da Copa do Mundo.

No mesmo caminho, mas preocupado com a parte financeira, o presidente do clube, Vilson Ribeiro de An­­drade, contou que jogadores chegarão, mas diz não acreditar que este seja o principal problema do vice-lanterna do Brasileiro. "Precisamos nos qualificar, o plantel tem alguns problemas, mas todo mundo sabe da situação [financeira]", ressaltou Andrade. "Temos algumas limitações, mas o problema não é esse. Temos bons jogadores, mas eles estão em má fase. Tem de trabalhar para passar isso", disse o presidente.

Ontem o dirigente chegou a Teresópolis para assumir a chefia da delegação da seleção brasileira. Mesmo na nova função, Andrade garantiu que seguirá em contato diariamente com o departamento de futebol – que define o nome e passa para o aval do dirigente –, mas que voltará com regularidade para Curitiba, permanecendo mais com a seleção apenas durante o Mundial.

Certo mesmo é que o emprego do técnico Celso Roth, que faz o seu pior início em um clube na carreira, mantém-se firme. Andrade disse que ele está "pagando o preço de quatro meses do Paranaense jogados no lixo", em uma crítica ao técnico anterior, Dado Cavalcanti.