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Ronaldinho Gaúcho comemora a conversão do pênalti sofrido por Leonardo Moura | André Portugal / Vipcomm
Ronaldinho Gaúcho comemora a conversão do pênalti sofrido por Leonardo Moura| Foto: André Portugal / Vipcomm

Sob fogo cerrado, Ronaldinho Gaúcho manteve o padrão de inconstância. Um bom lance aqui, um bom passe acolá, e muitos "apagões". A seu favor, o fato de não ter se furtado a cobrar o pênalti decisivo nos acréscimos da vitória do Flamengo sobre o Vasco, 2 a 1, na noite deste sábado (7), no Engenhão. Os poucos torcedores presentes aplaudiram e gritaram o nome do craque contestado, que está ameaçado de deixar o clube pela portas dos fundos.

"Estava com saudade de ganhar, só isso. Flamengo é sempre uma pressão muito grande. Desde que cheguei sempre fui tratado com muito carinho pelos torcedores. Eu quero sair daqui pela porta de frente", disse Ronaldinho, ciente das especulações. "Estou bem aqui. Eu amo essa torcida", declarou, visivelmente incomodado com as críticas.

O Vasco, que entrou em campo tranquilo, classificado na Libertadores, deu uma demonstração estranha de nervosismo ao fim do jogo. Os atletas foram para cima do árbitro Wagner dos Santos Rosa, que acertou na marcação da penalidade, e no mais não interferiu no resultado. O presidente Roberto Dinamite podia ter dispensado uma declaração exagerada. "Fomos roubados. Não estão respeitando o Vasco", bradou.

Com 18 pontos na liderança do Grupo A, o Flamengo se classifica para as semifinais se Botafogo e Resende perderem seus jogos na tarde de domingo. O Vasco, com 11 pontos no Grupo B, foi superado pelo Bangu e corre risco de eliminação na última rodada.

Com a cabeça a prêmio, o técnico Joel Santana voltou a suas características mais acentuadas. Barrou toda a garotada e mandou a campo o time mais experiente de que dispõe no momento. O resultado pode dar a falsa impressão de que a estratégia funcionou. Mas a troca de Muralha, 19 anos, por Kleberson, 32 anos, se mostrou um equívoco. O veterano não jogou bem e foi uma nulidade na marcação e improdutivo na armação.

Deivid abriu ao placar aos 16 minutos. Após jogada de Vagner Love, aproveitou o rebote de Fernando Prass e rolou para o gol vazio. Na comemoração, os jogadores se reuniram no meio de campo e tentaram demonstrar união.

A partir daí o Vasco dominou, mas não conseguiu invadir a área adversária. Os chutes de longe de Fellipe Bastos, tão precisos contra o Alianza Lima, na última terça-feira, estavam descalibrados. Felipe não fez uma única defesa na primeira etapa.

Em busca de mais força ofensiva, Borges sacou William Barbio, pouco eficiente, e entrou com Diego Souza, sempre uma incógnita. Mas desta vez em pouco tempo ele fez diferença. Aos 5 minutos, aproveitou mais uma falha gritante de Welinton e empatou o clássico.

O Vasco era superior e o Flamengo ameaçava entregar mais um resultado depois de sair na frente quando a entrada de Diego Maurício deu uma saída para o time rubro-negro. Depois de Leo Moura perder gol feito, aos 42, o lateral foi derrubado por Prass.

Ronaldinho não hesitou e cobrou bem, para dar uma crucial vitória a sua equipe e garantir dias mais calmos para si e o grupo antes do jogo contra o Lanús, quinta-feira, no Engenhão, que vai definir o primeiro semestre do clube.

O Vasco tenta esquecer a derrota e vai lutar pela liderança do Grupo 5 da Libertadores, quinta-feira, contra o Nacional (URU), em Montevidéu.

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