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Eduardo Martini, goleiro do Brasil de Pelotas, saiu preso do gramado do Café. | Roberto Custódio/ Jornal de Londrina
Eduardo Martini, goleiro do Brasil de Pelotas, saiu preso do gramado do Café.| Foto: Roberto Custódio/ Jornal de Londrina

O Tubarão foi eliminado da final da série D na noite deste sábado (1), no Estádio do Café, em uma partida em que o futebol perdeu de goleada para a violência dentro do campo. A arbitragem perdeu o controle da partida e o jogo acabou com três integrantes do Brasil de Pelotas (RS) detidos por agressões a jogadores do LEC e profissionais de imprensa. Um cinegrafista da RBS também foi atacado pela equipe técnica do Brasil de Pelotas. A partida terminou em 2 a 2. Dois funcionários do Tubarão - Índio e Chimbica – tiveram que ser atendidos por paramédicos após serem atacados pelo técnico do Brasil de Pelotas, Rogério Zimmerman, pelo massagista e pelo goleiro do time, Eduardo Martini.

Slideshow: Veja imagens da confusão no Estádio do Café

Chimbica chegou a ficar desmaiado e sofreu um grande corte na boca. Índio levou um soco no rosto e também teve um hematoma grave. Na confusão generalizada, a partida ficou 25 minutos interrompida.

Com as expulsões, o LEC ficou com 10 jogadores e o Brasil de Pelotas, 9.O LEC tinha que reverter a derrota sofrida por 3 a 1 e aos 15 segundos tentou surpreender o adversário correndo para o gol – mas não deu certo. Aos 13 minutos do primeiro tempo, o Tubarão quase fez com Paulinho, que mandou raspando na trave. Aos 36 minutos, Bruno Batata cabeceou triscando no gol do Brasil de Pelotas.

No finzinho do primeiro tempo, o atacante Nena, do Brasil de Pelotas, contra-atacou quando conseguiu interceptar uma péssima saída de bola de David Ceará. Marcou sem chance para o goleiro Vítor.

No 2º tempo, logo no começo, Sílvio tentou um chapéu em Nena mas o Brasil de Pelotas, com Alex Amado, recuperou a bola e o próprio Nena mandou para a rede.Aos 20 minutos, Diogo Roque aproveita uma confusão e marca para o LEC. Quatro minutos depois, o Tubarão fez mais um: desta vez, com Sílvio, empatando o jogo que parecia perdido.

Perto dos 30 minutos, o goleiro do Brasil de Pelotas, o zagueiro Fernando Cardozo e o técnico Ricardo Zimmermann começam uma confusão generalizada, com uma sequência de agressões que acabaram com Chimbica, funcionário do LEC, desmaiado com um chute no rosto. Índio, outro funcionário do Tubarão, levou um soco na cara.

"A situação dele poderia ter ficado gravíssima. Foi um chute muito perigoso no rosto, que provocou um grande corte na boca", afirmou o paramédico Marcelo Belinati, responsável pelos atendimentos.Com as agressões, o jogo ficou parado quase meia hora. A PM tentou prender em campo jogadores e equipe técnica do Brasil de Pelotas, mas houve resistência. O massagista do time adversário foi detido porque tentou usar como arma um espeto que segurava a rede do gol. A indignação foi geral contra o juiz Eduardo Tomaz de Aquino Valadão, apontado como responsável por perder o controle sobre a situação.

"Só pode ser bandido"

Mesmo em meio aos ânimos acirrados, o árbitro decidiu recomeçar a partida. No retorno, o jogo voltou eletrizante e descontrolado – mas o LEC soube aproveitar.Celsinho, do Tubarão, quase fez um golaço de calcanhar, perdendo por pouco. O goleiro Vítor derrubou um jogador na área e levou um cartão pelo pênalti. Neno, o matador do Brasil de Pelotas, perdeu a cobrança e Vítor saiu ovacionado pela torcida.

"Foi um dia infeliz e não compactuamos com o que aconteceu aqui", desabafou o técnico Claudio Tencatti à Rádio Paiquerê AM. "A nossa equipe cumpriu todas as obrigações: confirmamos a série C, fomos para a Copa do Brasil e o levamos o Campeonato Paranaense. Na série D, permanecemos 12 jogos invictos. Futebol é dessa forma: estão todos de parabéns", afirmou, negando que vá deixar o Tubarão em breve. "Conquistamos títulos e fico de cabeça erguida".

"Jogamos como se fosse a última partida do ano. Árbitro ruim estraga qualquer futebol. O juiz quis aparecer mais que o jogo. A torcida merecia o título", lamentou Diogo Roque. O goleiro Vítor, do LEC, estava indignado com as agressões contra os jogadores e os funcionários do time: "Isso não existe, precisa de punição. Para mim, quem provoca uma situação dessas, só pode ser bandido".

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