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Ex-presidente da CBF, José Maria Marin admite se entregar aos Estados Unidos. | Jorge Adorno/Reuters
Ex-presidente da CBF, José Maria Marin admite se entregar aos Estados Unidos.| Foto: Jorge Adorno/Reuters

Enquanto contesta o processo de extradição para os Estados Unidos na Justiça da Suíça, José Maria Marin, vice-presidente da CBF, preso desde o dia 27 de maio em Zurique, já negocia um acordo para responder as acusações em solo americano.

Ele responde por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e a Copa do Brasil.

A reportagem apurou que a defesa do cartola brasileiro dá como certa uma derrota na primeira instância da Justiça suíça na tentativa de evitar a ida do dirigente para os EUA. No início do caso, no final de maio, os advogados de Marin pretendiam recorrer até a última instância, levando o caso até a corte suprema do país, para evitar sua saída da Suíça. Com isso, mesmo se fosse derrotado, o dirigente atrasaria o processo de extradição por cerca de seis meses.

A estratégia, porém, foi revista. Agora, Marin já admite ceder e responder ao processo nos Estados Unidos. O dirigente apresentou nesta terça-feira (11) sua defesa em Zurique. Ele contestou o pedido de extradição e também o mérito das acusações que sofre. Sua argumentação é que não há provas conclusivas contra ele e que o crime pelo qual é acusado não existe no Brasil.

Nas últimas duas semanas a defesa de Marin voltou a dialogar com as autoridades americanas para negociar a ida do cartola para os Estados Unidos. O brasileiro contratou dois escritórios de advocacia em Nova York.

Os advogados do brasileiro refutam a hipótese de ele negociar um acordo para colaborar nas investigações dos EUA contra dirigentes da Fifa. A estratégia foi adotada pelo empresário J. Hawilla, que pagará uma multa de aproximadamente R$ 475 milhões após confessar extorsão, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

Nos Estados Unidos, Marin tentará negociar o pagamento de uma fiança. Como o dirigente possui um imóvel em Nova York, a defesa acredita ser possível o cartola conseguir o direito a cumprir a pena em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

Dos 14 dirigentes e empresários detidos na ação do FBI em maio, dois já foram extraditados para os Estados Unidos: o dirigente da Concacaf Jeffrey Weeb e o empresário argentino Alejandro Burzaco. Ambos estão presos em Nova York.

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