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Michel Bastos cabeceia para fazer o gol do São Paulo; | PAULO WHITAKER/REUTERS
Michel Bastos cabeceia para fazer o gol do São Paulo;| Foto: PAULO WHITAKER/REUTERS

O Morumbi voltou sentir o clima de Libertadores pela presença da torcida e pelo ambiente decisivo armado para o São Paulo receber o San Lorenzo, pela Libertadores. E o estádio voltou a sofrer, como pede a cartilha do torneio em jogos tensos, como o desta quarta-feira à noite. Somente aos 44 minutos do segundo tempo o gol da vitória por 1 a 0 saiu e acabou com a angústia da torcida.

Ambas as equipes tratavam o encontro como o jogo de ida de um mata-mata antecipado. Os atuais campeões da Libertadores vieram com a proposta de se defender e foram punidos no fim. Carlinhos cruzou e Michel Bastos marcou de cabeça para sacramentar uma vitória maiúscula, capaz de dar novo fôlego ao São Paulo e mais tranquilidade nos bastidores para o técnico Muricy Ramalho.

O resultado fez o São Paulo se isolar na vice-liderança do Grupo 2 da Libertadores, com seis pontos, três atrás do líder Corinthians, enquanto o San Lorenzo estacionou nos três pontos na terceira posição. O Danubio, do Uruguai, é o lanterna, sem pontos.

O jogo

O primeiro lance deu a falsa impressão de que a noite seria fácil. Aos 30 segundos uma rápida troca de passes deu chance para Alexandre Pato cruzar e Michel Bastos cabecear a bola na trave. Pato sentiu dores no lance e precisou sair.

Os torcedores mais otimistas ficaram decepcionados com o restante do jogo. Foi uma maçante jornada de paciência, com poucas finalizações do São Paulo e cada palmo avançado era importante.

O time tricolor pressionava o retrancado San Lorenzo e Luis Fabiano incomodava os zagueiros para abrir espaços às chegadas pelas laterais. O traiçoeiro time argentino tentava esfriar o ritmo do adversário, ao ganhar tempo. Só valia avançar com calma e quando não houvesse perigo à defesa.

A habitual lentidão do meio-campo do São Paulo deixou o jogo cômodo para os argentinos. Ganso repetia passes inúteis pelo meio da defesa e o time insistia em jogadas individuais facilmente desarmadas.

Aos poucos a equipe do Papa Francisco se sentiu mais confiante no Morumbi, tinha mais posse de bola e terminou o primeiro tempo melhor, ao também acertar uma bola na trave e conseguir criar mais chances de perigo do que os mandantes.

O intervalo foi uma trégua para o São Paulo, que já estava nas cordas e voltou melhor no segundo tempo. O time conseguiu voltar a ameaçar o goleiro Torrico, mas avançava demais e deixava a dupla de zagueiros exposta aos contra-ataques.

No decorrer do segundo tempo todo o clima de decisão começou a complicar o São Paulo. A tensão pelo empate em 0 a 0 piorou muito com uma bola trave de Luis Fabiano, pelo gol mal anulado de Centurión, por impedimento, e com as chegadas do San Lorenzo à área.

A ansiedade passou a sufocar os gritos da torcida nos 15 minutos finais. O time já era desespero quando o gol salvador saiu e dá nova vida ao time na competição. Depois de muito tempo, o São Paulo saiu de campo festejado pela torcida.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 1 x 0 SAN LORENZO

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Lucão e Carlinhos; Denilson, Souza (Alan Kardec), Ganso e Michel Bastos; Alexandre Pato (Centurión) e Luis Fabiano. Técnico: Muricy Ramalho.

SAN LORENZO - Torrico; Buffarini, Yepes, Caruzzo e Mas; Ortigoza (Mercier), Kalinski, Mussis e Blanco (Romagnoli); Cauterrucio (Matos) e Barrientos. Técnico: Edgardo Bauza.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (COL).

GOL - Michel Bastos, aos 43 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Buffarini, Blanco, Caruzzo, Kalinski, Carlinhos e Mercier.

PÚBLICO - 26.236 torcedores.

RENDA - R$ 1.599.849,20.

LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo.

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