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Logo depois que ex-jogadores e personalidades esportivas e artísticas cobraram a renúncia imediata do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em um protesto realizado na frente da entidade no Rio de Janeiro, o secretário-geral Walter Feldman afirmou nesta terça-feira que ainda não conhece o teor do manifesto lido pelos ex-jogadores, mas defendeu o presidente licenciado desde o dia 3 de dezembro.

“Está na Constituição a presunção da inocência. Não há elemento para fazer pré-julgamento do presidente Marco Polo. Temos segurança do que está sendo feito. Amanhã [quarta-feira] ele estará na CPI do Senado para se manifestar a respeito. É a primeira vez que ele terá a oportunidade de apresentar o que considera adequado. Não há motivo para renúncia ou abandono”, afirmou Feldman, em entrevista coletiva nesta.

O secretário-geral afirmou que a CBF está aberta ao diálogo, depois do protesto chamado de #OcupaCBF. “Não há problema em receber manifestação. Havia a expectativa de que eles fizessem a entrega de algum documento e seriam recebidos normalmente”, disse o dirigente, número dois da CBF.

Ex-jogadores leem manifesto em protesto diante da sede da CBF

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Um exemplo dessa postura, segundo Feldman, foi o convite que a entidade fez ao ex-jogador Raí para que expusesse suas reivindicações (Raí foi um dos jogadores que participaram do protesto desta terça-feira). Segundo Feldman, Raí se negou a comparecer à CBF.

Feldman ainda defendeu a escolha de Antonio Carlos Nunes Lima como novo vice-presidente da CBF, em substituição a José Maria Marin, preso desde maio. Se for eleito, o Coronel Nunes será o vice mais velho da CBF e, assim, poderá assumir a presidência em caso de renúncia definitiva de Marco Polo Del Nero, hoje licenciado para se defender de acusações de corrupção formuladas pelo Departamento de Justiça dos EUA. A escolha seria uma manobra para impedir que Delfim Peixoto, até então o vice-presidente mais velho, assuma o cargo.

“O presidente Nunes tem um abaixo-assinado da totalidade das federações. Essa é uma manifestação do colégio eleitoral. Em geral, são os presidentes das federações que fazem a escolha. Os clubes da Série A e Série B optam pelo presidente Nunes. Se essa é a opção da maioria do colégio eleitoral, eu acompanho”, disse o secretário-geral.

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