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Toninho Cecílio deve se encontrar hoje com a diretoria tricolor: saída cada vez mais provável | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Toninho Cecílio deve se encontrar hoje com a diretoria tricolor: saída cada vez mais provável| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Perigo

Um pequeno objeto não identificado foi jogado e atingiu um dos auxiliares da arbitragem, ontem, no Ecoestádio. Caso seja denunciado pelo incidente, o Paraná corre o risco de perder mandos de campo em torneios nacionais, inclusive na Série B.

O jogo

O Paraná começou equilibran­­do o duelo e saiu na frente com Carlinhos. Porém, sentiu o gol de empate de Kléber e tomou uma virada-relâmpago com Fernando Baiano. Gabriel Marques foi expulso depois do intervalo e Rubinho entrou para em­­patar. Bady sacramentou o triunfo paulista.

A Copa do Brasil acabou da pior maneira para o Paraná. O Tricolor perdeu nessa quarta-feira (24) por 3 a 2, no Ecoestádio, para o modesto São Bernardo, e está eliminado logo na primeira fase da competição nacional. O insucesso se junta à apagada campanha no Paranaense – o time é apenas o quarto colocado na classificação geral, sem chance de título –, encerrando de forma extremamente negativa este início de temporada na Vila Capanema.

Tropeços cujo reflexo imediato deve ser a demissão do técnico Toninho Cecílio, bastante xingado pela torcida que foi ao Janguito Malucelli. A diretoria paranista, como de costume, não se manifestou após a partida. Mas todos os sinais indicam para a substituição do treinador. "Teremos uma conversa sobre isso amanhã [hoje] ou segunda. Ele é um excelente profissional e uma excelente pessoa", disse o vice-presidente Paulo César Silva, antes de a bola rolar, a eliminação se consumar e a pressão aumentar consideravelmente.

Na terça-feira, véspera do duelo com o rival paulista, Toninho Cecílio revelou se sentir desprestigiado dentro do clube por não ter sido procurado para a renovação – o contrato vence no mês que vem.

"Acho que tenho de conversar com a diretoria. Da minha parte, não há nenhuma intenção de sair, mas se a diretoria entender, não tem problema. Se eles acharem que não tenho como dar contribuição, não vejo dificuldade nenhuma em sair", afirmou ele, entregando certo desânimo.

Desânimo que também pôde ser visto nas arquibancadas do Ecoestádio. Preocupada com a situação do time, que daqui a um mês exatamente estreia na Série B, contra o ABC, fora de casa, os tricolores "saudaram" a equipe com gritos de "vergonha" tão logo a partida acabou. Não estão descartadas novas cobranças por parte dos fãs. Carlinhos e Rubinho marcaram os gols do Paraná; Kléber, Fernando Baiano e Bady foram os artilheiros responsáveis pela fúria da torcida.

"A análise do desempenho deve ser feita de forma equilibrada. Acho que com certeza o Paraná consegue se reequilibrar e reforçar a equipe. Quero fazer meu planejamento para vermos se temos condições de seguir juntos. Isso é uma questão de afinidade e modo de trabalho", ressaltou Toninho Cecílio.

Esta foi a quinta vez que o Tricolor foi eliminado na estreia da Copa do Brasil, a primeira desde 2001, quando foi batido pelo Ceará. Nas oportunidades anteriores, o Paraná caiu ante o Internacional (1994 e 1997) e o Camaçari (1999).

Desabafo

Capitão Lúcio Flávio cobra ‘responsabilidade’ de todos os setores

O caminho de volta à elite do Brasileiro, principal meta do clube nesta temporada, está bem distante. Esse é o significado da eliminação precoce do Paraná na Copa do Brasil – não apenas pelo resultado, mas em função do desempenho do time dentro de campo. "Para nós, atletas, tendo como parâmetro o [desafio do] retorno à Primeira Divisão, precisamos melhorar muito e assumir nossa responsabilidade. Assim como os demais setores do clube têm de assumir os seus. Todos nós assumimos a perda do Estadual e a saída na primeira fase da Copa do Brasil", desabafou Lúcio Flávio, capitão do time.

Rubinho, autor do segundo gol, concordou que o resultado foi justo. "Novamente não fizemos um bom jogo. Na Copa do Brasil, se joga mal, fica fora", lamentou. Ontem, o Tricolor levou a campo uma estratégia diferente, mais defensiva, com três volantes no meio de campo – o empate sem gols beneficiaria o Paraná. Só que o zelo defensivo não surtiu o efeito esperado e o time levou a virada dentro de casa. "O fato de tomar dois gols rápidos [aos 32 e 34/2º], um de bola parada com o cara [Kléber] pegando rebote atrás da barreira, e outro logo em seguida, complicou. Com a expulsão [de Gabriel Marques], ficou mais difícil, mas até conseguimos empatar", falou Lúcio Flávio.

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