Tricolores
Lúcio Flávio
Ontem o meia Lúcio Flávio afirmou que foi mal entendido na entrevista coletiva desta semana. "Foi falado que eu pedi a entrada do Fernando Gabriel. Quero deixar bem claro que eu não tenho que pedir nada, eu tenho de jogar futebol, apenas", disse. "Quem define a escalação e a tática do time é o treinador. Senão daqui a pouco o Fernando Gabriel vai ser titular do time e vão dizer que o Lúcio Flávio está dando opinião em quem vai jogar e não quero que isso aconteça", completou.
Time
O técnico Milton Mendes disse ontem que mudará jogadores e o esquema tático para a partida de amanhã. Ele não confirmou, mas a tendência é que saia do 4-3-3 para o 4-5-1, com apenas Giancarlo como atacante de ofício. Com Edson Sitta e Ricardo Conceição vetados pelo departamento médico e Toty sendo dúvida, o Tricolor deve jogar com Marcos; Toty (Gerônimo), Naylhor (Júnior Lopes), Brinner e Breno; Elyeser, Cambará, Paulinho Oliveira, Lúcio Flávio e Fernando Gabriel; Giancarlo.
Em 10.º lugar no Paranaense, o Paraná ocupa temporariamente uma vaga no Torneio da Morte, espécie de repescagem que definirá os dois rebaixados da competição. Nas últimas três rodadas, três derrotas. Para mudar esse cenário, o Tricolor vai envelhecendo. Aos poucos, o time deixa para trás a aposta em uma escalação jovem e leva a campo jogadores mais experientes, aumentando a média de idade da equipe.
Assim, a formação que encara o Operário pela quinta rodada do Estadual, amanhã, às 17 horas, em Ponta Grossa, será a mais "rodada" até então. Na estreia contra o Cianorte, única vitória no ano, a média etária dos titulares era de 25 anos. Nos dois jogos seguintes, derrotas para Maringá e Coritiba, a média subiu para 25,9. Na última rodada, mais um revés para o J.Malucelli, agora com os titulares tendo 27 anos. Amanhã, a equipe deve ter em média 27,7 anos.
Muito desse aumento ocorreu com a chegada de Giancarlo, 31 anos, que estreou no último jogo. Ao lado do goleiro Marcos, 37, e do meia Lúcio Flávio, 35, ele será um dos três trintões em campo contra o Operário. Já os atacantes jovens, como Carlinhos e Júlio César, ambos com 19 anos, devem ficar no banco de reservas. Serão preservados da pressão da torcida.
"A gente sabe que às vezes a responsabilidade cai um pouco mais sobre os meninos. Mas a gente tem de chamar a responsabilidade para todo mundo de forma igual, para que um possa ajudar o outro", afirmou o atacante Giancarlo. "Tem de dar tranquilidade para os guris, aqueles que estão vindo da base, os mais novos. Porque aqui no Paraná a gente conhece. É assim. Tem de viver de resultados positivos para que as coisas aconteçam", acrescentou.
Já o técnico Milton Mendes, um dos mais criticados pela torcida por causa da má fase da equipe, fez questão de lembrar que as chances para os pratas da casa foram dadas nas primeiras rodadas do Paranaense. Mesmo assim, garantiu que tem a intenção de dar oportunidade ainda para outros garotos, como os que jogaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior neste ano. "Eu iniciei o campeonato com todos os jovens, ninguém pode dizer que eu não dei oportunidade. A resposta deles em campo, o individualismo de cada um junto com o coletivo ditou a continuidade ou não", disse o treinador, lembrando ainda que a liderança dos mais velhos, tanto dentro como fora de campo, é muito importante neste momento de instabilidade.
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