• Carregando...
Piscinas da Kenedy estão com os dias contados  com a aprovação da venda da sede. | Daniel Castellano / AGP/Daniel Castellano / AGP
Piscinas da Kenedy estão com os dias contados com a aprovação da venda da sede.| Foto: Daniel Castellano / AGP/Daniel Castellano / AGP

“O que me entristece é que já sabíamos que o clube estava na UTI. Agora está a caminho do cemitério”. Essa é a opinião de Eduardo Gabardo, 61 anos, bisneto de Tarquino Todeschini, fundador e primeiro presidente do Savóia, um dos clubes que originou o Paraná, ao saber da notícia de que o Conselho Deliberativo aprovou a venda de parte da sede da Kennedy nessa quinta-feira (29).

ENQUETE: Paraná está certo de vender a sede social da Kennedy? Vote!

Leia a matéria completa

Gabardo admite que não acredita na argumentação de que a venda é necessária para a sobrevivência do futebol paranista. “Eu escuto isso há muito tempo e não acontece. As dívidas só aumentaram. Além disso, esse é um patrimônio que não pertence a diretoria. Pertence aos associados”, protesta.

Frequentador da sede tricolor desde 1962 até 1992, quando se afastou, Gabardo chegou a ser vice-presidente de desportos aquáticos por dois anos e diretor de secretaria por dois anos do Pinheiros. Depois foi superintendente entre 1984 e 1992, vendo de perto a fusão com o Colorado em 1989, o que gerou o Paraná.

Dirigentes não cumprem promessa de levar decisão da venda da Kennedy aos sócios

Leia a matéria completa

“A nossa ideia no Pinheiros era ter o futebol para revelar os jogadores criados na base e com isso ter dinheiro para aplicar no futebol e nos bailes que fazíamos. Tínhamos sócios de outros clubes porque eles sabiam que o Pinheiros não incomodava. Fomos campeões em 1984 e 1987, mas esse não era o objetivo. Porém, a partir dessa época o futebol começou a virar prioridade”, lembra.

Para Gabardo, restaram as boas lembranças. Uma delas eram as arquibancadas de madeira do Água Verde, onde a torcida batia os pés no chão e um padre tocava uma corneta, depois substituída no Pinheiros por uma buzina de ar, que virou símbolo da torcida pinheirense.

“Na nova sede criamos uma sala da memória incrível. Nas piscinas, eu fazia parte dos aqualoucos, em que pulamos nas piscinas, fazendo cambalhotas e acrobacias, às vezes vestindo de palhaço. Lembro também dos bailes do havaí ao redor da piscina. Colocávamos um tablado sobre a parte mais rasa e as pessoas dançavam sobre a água. Era muito lindo”, encerra.

  • Crianças brincam no trampolim da piscina principal da sede social paranista.
  • Dias de calor no verão, mesmo com a crise da sede social, sempre atraiu sócios.
  • Vista aérea da principal piscina da Kennedy. Parte mais funda atraia show de acrobacias com os chamados aqualoucos.
  • Cancha para praticantes de futebol de areia: clube sonhou em transformar área em um polo olímpico.
  • Jogadores treinam na piscina térmica e coberta.
  • Princopal ginásio da sede, local revelou vários jogadores para o Paraná, como Ricardinho,. Também era palco dos bailes de carnaval.
  • Ginásio secundário da sede social.
  • Até 2014, jogadores também utilizavam o campo de grama sintética da sede tricolor.
  • Área de circulação da sede social da Vila Guaíra: 35 mil metros quadrados.
  • Academia à beira da piscina.
  • Boutique tricolor em anexo à sede administrativa do clube.
  • Antessala da presidência: setor administrativo do clube ocupa amplas salas.
  • Auditório à beira da piscina é utilizado para reuniões, eleição e eventos.
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]