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Fernando Diniz vai substituir Nedo Xavier no comando técnico do Paraná. | Renato Silvestre/Audax
Fernando Diniz vai substituir Nedo Xavier no comando técnico do Paraná.| Foto: Renato Silvestre/Audax

No mesmo dia em que demitiu o técnico Nedo Xavier, a diretoria do Paraná acertou a contratação do substituto. O responsável por recuperar o time na Série B será Fernando Diniz, 41 anos. Seu último clube foi o Osasco Audax-SP.

O novo comandante do Tricolor chega a Curitiba na manhã desta quinta-feira (9) e deverá ser apresentado oficialmente já no período da tarde. A informação foi confirmada pelo gerente de futebol do clube, Mathias Lamers. “Está confirmado já. Amanhã [quinta-feira] teremos a apresentação dele”, assegura.

“Temos de reverter esse quadro na Série B e acreditamos que há tempo para a equipe se recuperar na competição”, complementa Lamers.

Fernando Diniz em ação pelo Paraná, em 1998.João Brüschz/Gazeta do Povo

A tarefa de Diniz no Tricolor não será fácil. Há três partidas sem vencer, o time é apenas o 15.º colocado, com 12 pontos, um acima da zona de rebaixamento. Caberá ainda ao novo comandante dar uma cara ao time paranista, que foi montado às pressas para a disputa da Série B — foram 17 contratações. E com o agravante de que a disputa já está em andamento.

A confirmação da saída de Nedo e da chegada de Diniz representa uma mudança drástica no perfil de treinador escolhido pela diretoria. A aposta em Nedo teve como principal justificativa a experiência, já que o treinador tem 62 anos. O medo da diretoria era de que um técnico jovem perdesse o elenco durante a disputa, como aconteceu com Dado Cavalcanti na campanha de 2013, segundo a cúpula paranista.

Já com Diniz, a aposta é em um técnico da nova geração. Em 2014, o ex-jogador surpreendeu ao montar uma equipe do Audax que se inspirava no tiki-taka — estilo de jogo baseado na obsessão pela posse de bola popularizado pelo espanhol Guardiola em seus tempos de Barcelona — e pelo uso do goleiro como mais um jogador de linha quando a equipe tem a bola.

“Nenhum time do Brasil joga com tanta insistência como a gente nessa tática do goleiro-linha. A gente corre riscos. O goleiro participa mais ativamente do jogo. Meus times jogam assim porque é a melhor maneira de se jogar o jogo. É o retorno ao passado. Tento tirar do jogador o sentimento que ele tinha quando era criança e sonhava em jogar bola”, disse Diniz em entrevista recente ao Globoesporte.com.Implantar esta estratégia no Paraná, entretanto, não será fácil. O time é apenas o 15.º que mais troca passes na Série B. Além disso, fica pouco tempo com a bola nos pés. No último jogo em casa, contra o Criciúma, por exemplo, os catarinenses chegaram a alcançar 65% de posse.

Por outro lado, frequentar a Vila Capanema não será novidade para Diniz. Entre 1998 e 99, quando ainda era jogador, o então meia defendeu o Paraná em 35 jogos.

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