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Giancarlo diz ter recebido apoio dos amigos após a transferência frustrada do Paraná para o Coritiba | Henry Milléo / Gazeta do Povo
Giancarlo diz ter recebido apoio dos amigos após a transferência frustrada do Paraná para o Coritiba| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

O atacante Giancarlo está preocupado com o futuro de sua carreira. Pivô da transferência frustrada que o levaria por empréstimo do Paraná para o rival Coritiba, o jogador teve a negociação encerrada após os médicos do Alto da Glória detectarem um problema cardíaco que, segundo o próprio atacante, já havia sido detectado em outros clube e nunca o impediu de jogar futebol.

Aos 31 anos, com passagens por mais de 20 clubes em cinco países diferentes, o experiente centroavante tem treinado por conta própria em uma academia de Curitiba. O artilheiro tricolor na Série B com cinco gols cobra na Justiça uma rescisão de R$ 4,4 milhões do Coxa.

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, o jogador não esconde o abatimento com a situação. A entrevista, porém, aconteceu por e-mail. De última hora, na manhã desta quinta-feira (18), o advogado do jogador, Juliano Tetto, desmarcou o encontro com a reportagem em seu escritório.

As respostas às perguntas, aliás, que foram requeridas com antecedência no dia anterior por Tetto, foram encaminhadas à reportagem pelo e-mail pessoal do advogado, não do jogador.

A entrevista está publicada abaixo na íntegra.

Por que você não ficou no Coritiba?Não sei o que aconteceu.

Como foi a negociação com o Coritiba? Desde o início, quem fez o primeiro contato e quem avisou do distrato?A negociação foi normal. Inicialmente o Anderson Barros [gerente de futebol do Coritiba] entrou em contato comigo e com o Paraná. Ouvi da rescisão pela imprensa e também foi informada pelo Anderson Barros ao Celso Bittencourt [vice-presidente de futebol do Paraná].

Você tem clima para voltar ao Paraná Clube?Tenho. Mas é claro que é frustrante pelo fato de eu ter me despedido de todos os meus colegas.

Na ida para o Coritiba, você abriu mão de alguma coisa no Paraná? Como fica essa situação?Se tudo tivesse ocorrido conforme o combinado, não, pois tenho vínculo com o Paraná Clube até 2015. Mas agora estou sem jogar, esperando isso tudo se resolver.

Seu advogado pede uma indenização pelo distrato. Você se sente humilhado pelo Coritiba?Não sei descrever exatamente meus sentimentos agora. Mas pela forma como tudo ocorreu, e pelas declarações de que eu tenho problemas clínicos, tenho receio que isso possa prejudicar a minha carreira.

Você não se precipitou ao divulgar uma foto com a camisa do Coritiba antes de o contrato estar plenamente assinado?Não, porque já estava tudo certo.

O Coritiba alega questões médicas para não assinar o contrato. Na Ponte Preta, no São Caetano e no próprio Paraná, como foi tratada essa questão médica alegada pelo Coritiba?Em todos os clubes fui aprovado e declarado apto para exercer minha função de atleta, inclusive no Coritiba.

Você acha que deixou a porta aberta no Paraná? Não teme uma reação negativa da torcida por "virar a casaca"?Tenho as portas abertas. Não temo essa reação negativa porque houve um acerto primeiro entre os clubes e depois o Celso [Bittencourt] falou comigo que seria bom para o Paraná.

Você recebe ou recebeu mensagens de apoio no meio de futebol? De quem?De vários jogadores amigos meus e olha que tenho muitos.

Qual, na sua opinião, foi o real motivo para o Coritiba desistir do negócio?Na minha opinião algo interno do clube.

Você é um jogador rodado e experiente, com um extenso currículo em clubes do Brasil e do exterior. Esperava passar por algo assim nesta altura da sua carreira?Ultimamente no futebol brasileiro espero de tudo!

Neste período de litígio, como você tem treinado? Tem procurado manter a forma?Tenho treinado todos os dias em uma academia aqui de Curitiba.Com a desistência do Coritiba, algum outro clube chegou a procurar você por seus serviços?Não que eu saiba.

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