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Rafael Stival tem 50 jogadores em sua carteira como investidor do futebol, mas ainda aguarda a primeira grande negociação de seus atletas, de preferência em euros | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Rafael Stival tem 50 jogadores em sua carteira como investidor do futebol, mas ainda aguarda a primeira grande negociação de seus atletas, de preferência em euros| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Em novembro do ano passado, Rafael Stival resolveu largar a empresa da família, gigante do ramo alimentício, e dedicar-se exclusivamente ao futebol. O pouco tempo engana. Aos 48 anos, o curitibano é hoje o empresário de jogadores mais influente do Paraná.

Cerca de 50 atletas integram a carteira do atleticano de coração, que é conselheiro do Furacão e sócio do Coritiba, todos jovens oriundos do Trieste. Em 2005, a Stival Alimentos – empresa criada pelo pai do agente em 1971 – arrendou o time amador dos italianos por 20 anos.

Em torno de 20 defendem o Atlético, entre eles o meia Marcos Guilherme, principal revelação do Rubro-Negro, e o zagueiro Léo Pereira. Os dois são titulares do técnico Doriva e o defensor possui passagens pelas seleções brasileiras de base.

Outros 20 estão no Cori­­tiba, sendo o zagueiro Luccas Claro o mais conhecido. No Paraná, há cinco ou seis, incluindo a promessa Marcos Serrato, meia que tem sido improvisado como volante pelo treinador Claudinei Oliveira.

Os números são imprecisos por causa da dinâmica do ramo. Além do grupo citado, há mais 30 garotos na categoria juvenil do Trieste, cavando uma chance para um time profissional. E 600 alunos que pagam para jogar na escolinha da agremiação.

Dos quatro destaques do trio da capital, Stival detém entre 40% e 50% dos direitos econômicos de cada. Grande porcentual que, somado à ascendência sobre os jogadores, seria motivo para preocupar os cartolas em discussões de transferências e renovações de contrato.

Mas este não aparenta ser o caso do empresário – aliás, Stival não gosta de ser chamado assim, prefere algo como "descobridor de talentos", para tentar fugir do estigma de "oportunista" da categoria. "Eu não me acostumo com esse título, parece ligado com sacanagem. Sou mais um parceiro dos clubes", ressalva.

O estilo conciliador é exemplificado com um caso do Paraná. "O clube está passando por uma fase difícil de dinheiro. Tem muita gente querendo passar a perna, tentando tirar jogadores de lá. Mas nós assumimos um compromisso com eles, que foram os que deram a oportunidade", revela.

Resta aguardar e ver como será quando milhões de euros entrarem na jogada. Apesar da moderação sobre o assunto, Stival aguarda ofertas com certa ansiedade. "Nós temos grandes perspectivas comerciais, pelos nomes que estão surgindo agora. E há uma escadinha de talentos", confia.

Há também a necessidade de cobrir os investimentos com a empreitada no mundo da bola. Em 2008, ele contou que já havia injetado R$ 15 milhões no Trieste, gastos com incremento na estrutura – que se tornou de padrão elevado para um clube amador – e equipes.

"Deu muita confusão quan­­do eu falei os valores. Ho­­je prefiro não tratar disso, digo apenas que ainda não temos lucro. Mas é preciso ter calma, pois são meninos em formação", finaliza.

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