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Arthur, de 19 anos, entra em campo para sua estreia no Tricolor, dá um chapéu no goleiro e balança a rede na Vila Olímpica: comemoração sem fim | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Arthur, de 19 anos, entra em campo para sua estreia no Tricolor, dá um chapéu no goleiro e balança a rede na Vila Olímpica: comemoração sem fim| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Dois fatores

O técnico Toninho Cecílio comemorou dois fatores na vitória sobre o Jotinha, ontem. O primeiro foi a oportunidade de testar os jogadores mais novos. "A equipe toda jogou de uma forma muito séria. O Neto foi bem, o Júlio Cesar e o Carlinhos estão fazendo a diferença, o João Antônio foi bem, provavelmente vou usá-lo como zagueiro, mas fica como uma alternativa [escalá-lo como volante] em uma emergência". O outro fator foi o apoio da torcida na Vila Olímpica. "Temos de criar uma identidade com o Boqueirão. Talvez venhamos a decidir aqui vagas na Copa do Brasil. Treinamos aqui diariamente; aqui a torcida fica mais próxima", afirmou.

A volta do Paraná à Vila Olím­­­­pica foi com vitória magra, por 1 a 0, sobre o J. Ma­­lu­­celli. Mas com o golaço do estreante Arthur visto por um bom público. Apesar de o Tricolor não ter mais chances de disputar o título, a reabertura do antigo lar levou 4,5 mil pessoas (3.271 pagantes) ao estádio, que não recebia jogos do time principal há 13 anos.

A torcida teve de ser paciente e aguardar até os 30/2.º para comemorar, quando Rubinho deu um belo lança­mento para Arthur receber na grande área, encobrir o goleiro e tocar de cabeça para definir o placar. "Tenho de agradecer ao Toninho por ter acreditado em mim", resumiu o jogador de 19 anos.

"Foi um jogo truncado. Eu estava planejando colocar o Arthur porque não vou contar com o Reinaldo na quinta-feira [pela Copa do Brasil, contra o São Bernardo] e precisava dar uma oportunidade para ter outro homem de área", explicou o técnico Toninho Cecílio.

Até sair o gol, no entanto, o Paraná teve de se transformar em campo. Com cinco desfalques – Reinaldo, Lúcio Flávio, Zé Luis, Ricardo Conceição e Angelo – o treinador testou jogadores mais novos: Neto estreou na lateral-direita; o zagueiro João Antônio foi improvisado como volante; e Carlinhos e Júlio Cesar tiveram a oportunidade de voltar ao ataque. Assim, o J. Mallucelli começou mais organizado e criando as melhores chances.

No segundo tempo, com Rubinho jogando um pouco mais recuado e com a entrada do meia Dudu no lugar do volante Borges, o time passou a tocar mais a bola. "Entramos sabendo que o campo oferece muita dificuldade, não conseguíamos rodar a bola", justificou Rubinho.

Cecílio foi expulso dez mi­­nutos depois, ao reclamar falta de fair play com Thiago Alencar, do Jotinha, por ele seguir a jogada enquanto Arthur estava caído. Foi a quarta expulsão do treinador no Paranaense.

Já nos acréscimos, mais uma confusão e um sufoco. Aos 47, Leandro Silva cometeu falta em JJ Morales e levou cartão amarelo. O zagueiro Anderson foi tirar satisfação com o jogador do J. Ma­­lucelli e ambos receberam cartão vermelho.

Aos 49, Bruno Batata cobrou a falta e, após desvio de cabeça, o goleiro Marcos, que voltou ontem a vestir a camisa tricolor como titular, depois de dez anos, salvou o que seria o empate do Jotinha. "O público merecia uma vitória. Vencer traz mais confiança, cria um ambiente melhor", afirmou o arqueiro.

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