O Paraná tenta, na noite desta quinta feira (23), às 19h30, no confronto de volta pela primeira fase da Copa do Brasil, diante do Jacuipense-BA, deixar para trás o fracasso no Campeonato Paranaense e seguir a temporada. Sem poder contar com reforços – o recém-contratado volante Éder, ex-São Bento, não foi inscrito – , a equipe do técnico Luciano Gusso trabalhou durante duas semanas visando apenas ao jogo diante dos baianos, para garantir a vaga para a segunda fase da Copa do Brasil. Basta um empate na Vila Capanema.
Para Gusso, mesmo com a vantagem que conseguiu na ida – o Tricolor venceu por 1 a 0 a ida, na Bahia – a palavra de ordem é respeito, para evitar surpresas desagradáveis, como a eliminação para o também baiano Camaçari, em 1999. “É saber jogar com o regulamento. Sem desespero, tem que respeitar o adversário por que Copa do Brasil tem que saber fazer um jogo estratégico para passar de fase”, disse.
O lateral Gabriel Yan, confirmado entre os titulares pelo comandante paranista, reforça o pedido do treinador. “Não podemos entrar com salto alto. Ralamos bastante essas semanas para não dar brecha para o adversário. Nosso objetivo é passar de fase”, comentou.
Times
O período só treinando deixou poucas dúvidas na cabeça de Gusso. A única incerteza do treinador é no meio de campo. O meia Lúcio Flávio sentiu uma contusão na coxa direita na semana passada e sua escalação depende de o jogador conseguir fazer um treinamento sem sentir dor. Em seu lugar, Gusso tem alternado entre Lucas Pará e Leandro Vilela nos treinamentos e, caso o veterano jogador não reúna condições, o comandante deve optar por um dos dois para iniciar a partida. Na defesa, o zagueiro Luiz Felipe segue entregue ao departamento médico e será substituído por Bianor. Nas laterais, Netinho e Bruninho, que finalizaram a campanha do Estadual, não estão nos planos do Tricolor e dão lugar aos jovens Rodrigo Gasperin, na direita, e Gabriel Yan, na esquerda.
O Leão do Sisal, como é conhecido o time baiano, deve mandar a campo a mesma formação que enfrentou o Paraná na ida. O time, que terminou o Campeonato Baiano em 8º lugar, tem como característica o rápido contra-ataque, que valeu ao time comandado por Clebson Araújo nove gols na competição e a marca de 2º melhor ataque do Estadual. Eliminado há um mês do torneio local, o time de Riachão de Jacuípe também foca sua preparação apenas no confronto da Copa do Brasil.
Campanhas
Em sua última participação na Copa do Brasil, o Paraná acabou eliminado na segunda fase, pela Ponte Preta. O Tricolor passou pelo São Bernardo na primeira fase, com empate por 1 a 1 no jogo de ida e vitória por 3 a 1 na volta. Na sequência, caiu para a Macaca, com dois empates por 1 a 1, e a vitória dos paulistas nos pênaltis, por 8 a 7.
Depois de vencer o primeiro duelo fora de casa, o Paraná só foi eliminado uma vez, em 1992, pelo Grêmio. ganhou por 1 a 0 como visitante e caiu ao ser superado em seus domínios por 2 a 1. Já em 2009, o Tricolor paranaense fez 2 a 1 no Mixto, no Mato Grosso, mas levou o troco na Vila Capanema. Ficou com a vaga nos pênaltis.
Em duas oportunidades, o Paraná ganhou o primeiro jogo fora de casa, eliminando a volta – contra o Fluminense (2 a 0, em 1998) e o Bragantino (3 a 1, em 2002) – e apenas uma vez triunfou fora das fronteiras do estado e teve de selar a vaga em Curitiba, contra o Botafogo, em 2002. Venceu por 3 a 1 fora e empatou por 1 a 1 em casa.
O Jacuipense-BA joga pela primeira vez a competição.
Confrontos
É a primeira vez que os dois times se enfrentam na história. Na partida de ida, deu Tricolor, por 1 a 0. Gol de Yan Philippe.
Curiosidade
O atacante Meidson, do Jacuipense, que ganhou fama nacionalmente após dar um soco no árbitro Arilson Bispo da Anunciação, durante o confronto de quartas de final do Campeonato Baiano, contra o Juazeirense, acabou recebendo uma suspensão de 210 dias do TJD-BA pelo caso e não voltará a jogar em 2015. Meidson, de 24 anos, é reserva do Leão do Sisal e marcou apenas 1 gol em três anos de carreira.
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