Histórico põe o Paraná sob pressão na Segundona

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O Paraná já desenha o caminho a trilhar nesta Série B. Depois de tornar praticamente impossível sonhar com o acesso à elite, restou aquela trajetória que ninguém no clube esperava ter de encarar. A realidade tricolor é a luta nada gloriosa contra o rebaixamento.

INFOGRÁFICO: Paraná precisa somar muitos pontos para escapar da degola; acesso é praticamente impossível

A situação no campeonato é tão delicada depois de 11 rodadas – vice-lanterna com nove pontos – que mesmo para escapar da Terceira Divisão vai precisar encontrar um desempenho bastante superior ao que apresentou até agora. É o que mostra a matemática.

Desde que a Segunda Di­­visão passou a ser disputada por pontos corridos e com 20 times, em 2006, o primeiro a se livrar do descenso precisou de pelo menos 43 pontos – o Guaratinguetá em 2012.

Nesse caso, o melhor dos cenários, o Tricolor teria de somar mais 34 pontos nos 27 jogos restantes, um rendimento de 42%. Rendimento que não seria nada excepcional, se não fosse pela pífia campanha paranista até agora, somando apenas 27,3% dos pontos disputados.

A permanência, porém, não é garantida com 43 pontos. Em 2007, por exemplo, o Ceará precisou de 50 pontos para escapar. Isso obrigaria o time da Vila Capanema a fazer mais 41 pontos, ou seja, conquistar 50,6% do que ainda tem pela frente. Desempenho duas vezes melhor do que o atual para continuar na Série B.

Se para fugir da degola a missão é ingrata, pensar no acesso dependeria de uma revolução – até porque o time já dista 11 pontos do América-MG, time que fecha o G4. Com base no histórico desde 2006, o rendimento do Paraná teria de ficar entre 61,7% (50 pontos) e 76,5% (62), um aproveitamento de campeão, para voltar à elite do Nacional.

Independentemente do objetivo, o Tricolor terá de se recuperar na classificação. Só que nas últimas quatro temporadas na Série B, da 11.ª rodada em diante o time caiu na tabela. No ano passado, saiu da 5.ª posição para a 8.ª no final do campeonato. Em 2012, foi da 8.ª para a 10.ª. Em 2011, despencou da 3.ª para a 13.ª. Em 2010, caiu da 5.ª para a 7.ª.

Um alento pode estar nas campanhas de 2008 e 2009, quando percorreu o caminho inverso. Em 2008, estava na 16.ª colocação e terminou em 11.ª. No ano seguinte, estava na 17.ª posição – na zona de rebaixamento – e se recuperou para fechar em 10.º.

Amanhã, o Tricolor pega a Portuguesa, fora de casa, às 19h30. A Lusa também ocupa a ZR, com um ponto a mais do que o Paraná: 10 a 9.