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Fernando Diniz comemora gol do Paraná na última rodada do Brasileiro de 1998, contra o Flamengo: futebol e perfil justificaram contratação de peso. | Valterci Santos/Arquivo/ Gazeta do Povo
Fernando Diniz comemora gol do Paraná na última rodada do Brasileiro de 1998, contra o Flamengo: futebol e perfil justificaram contratação de peso.| Foto: Valterci Santos/Arquivo/ Gazeta do Povo

Inteligência acima da média, parte técnica apurada, líder e temperamento forte. Foram essas as principais características que marcaram os profissionais que conviveram com o meia Fernando Diniz, entre 1998 e 2000, no Paraná.

Na noite de quarta-feira (8) Diniz, que é graduado em Psicologia, teve o retorno ao clube anunciado. Desta vez, como o novo técnico do Tricolor para a Série B.

“Sempre foi um cara líder, de gênio forte, mas no sentido de que queria sempre ganhar, buscar a vitória a todo custo. Alguém que se entregava ao máximo em campo e cobrava dos outros que fizessem o mesmo. Chamava a responsabilidade, tinha boa proteção de bola, drible e parte física apurados”, rememora o ex-volante Hélcio, que atuou com Diniz em 98 e 99.

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Um dos responsáveis pela contratação de Diniz, o então gerente de futebol do clube, Ricardo Machado Lima, relembra o esforço do Paraná para fechar contrato com o atleta, que estava no Corinthians.

Fernando Diniz na final da Copa Sul, em 99, contra o Grêmio.Antonio Costa/Arquivo/ Gazeta do Povo

“Ele fez um contrato em que o clube tinha dado tudo e mais um pouco para fechar a negociação. Até a lavanderia dele o Paraná se comprometeu a pagar”, conta Lima, que, no entanto, garante que o negócio valeu a pena. “Ele já tinha uma predominância, saltava aos olhos a diferença de perfil dele para os outros jogadores. Uma pessoa culta”, prossegue.

Em seu trabalho anterior, no Osasco Audax, Diniz ficou conhecido pelo estilo de jogo baseado na posse de bola e pelo perfil sempre exaltado no banco de reservas. “Não vejo ele como alguém esquentado, não é isso. Ele é assim porque quer vencer sempre, em todo caso”, complementa o ex-gerente.

Técnico da equipe paranista em 98, Otacílio Gonçalves garante que desde os tempos de jogador Diniz demonstrava que tinha futuro na função de treinador.

“Um cara muito inteligente, que participava ativamente das palestras antes dos jogos, dava palpites no plano de jogo, sempre com sabedoria. Ele já demonstrava – e a gente sabia, pela maneira como se expressava – que iria virar treinador”, diz o Chapinha, como é conhecido Otacílio.

“Ele era mais esperto do que a maioria dos jogadores, um rapaz bem educado, com bom comportamento como homem e atleta, por isso chegou ao ponto de estar treinando o Paraná em uma Série B”, comenta Otacílio.

Carlos Alberto Dias, que fez dupla com Diniz na meia cancha paranista em 98, é outro que reforça o perfil diferenciado do novo técnico tricolor.

“Ele é dedicado para vencer. As broncas fazem parte. Ele sempre foi enérgico e vibrante”, diz . “Sempre foi diferente, não era do tipo boleirão, muito profissional. É estudioso e moderno e sempre se interessou pela parte tática”, finaliza Dias.

Diniz começou carreira como técnico em 2009 e, antes do Paraná, treinou apenas equipes paulistas: Votoraty, Paulista, Botafogo, Atlético Sorocaba, Osasco Audax e Guaratinguetá. Tem três títulos e três acessos na curta carreira.

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