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Apesar de centroavante, J J Morales virou o novo camisa 10 do Paraná: “Nós temos que defender o clube até a morte” | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Apesar de centroavante, J J Morales virou o novo camisa 10 do Paraná: “Nós temos que defender o clube até a morte”| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

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"A torcida vai pôr fogo na Vila", avisa Dado

O Paraná espera contar com o apoio de seu torcedor para a partida com o Bragantino, hoje, às 21h50, na Vila Capanema. Para tanto, a diretoria do clube fez uma promoção e os bilhetes para a Curva Norte e a Reta do Relógio passaram a custar R$ 20 – valor que cai pela metade para quem for com a camisa do time ou da torcida.

"Confiamos em nosso elenco e estamos pedindo total apoio da torcida. Queremos a Vila lotada, apoiando o time nessa reta de chegada. Vamos subir, mas para isso precisamos da torcida ao lado do time", declarou Celso Bittencourt, superintendente do Tricolor.

"Nós precisamos acender o fósforo. Não tenho dúvida que o torcedor vai fazer a parte dele e tocar fogo na Vila. Mas nós temos que primeiro fazer a nossa parte em campo", comentou o técnico Dado Cavalcanti, que pode ter até nove desfalques para montar o time.

No último domingo os paranistas já demonstraram disposição para empurrar a equipe de volta ao G4 da Série B. Os torcedores lotaram o saguão de desembarque do Aeroporto Afonso Pena para recepcionar a delegação que retornava de Fortaleza, após o empate por 1 a 1 com o Ceará.

O Paraná personificou no atacante JJ Morales a reação que precisa encampar na Série B. Repetindo a estratégia do empate com o Ceará (1 a 1), o argentino vestirá novamente a camisa 10 tricolor para o duelo com o Bragantino, hoje, às 21h50, na Vila Capanema.

Uma escolha de Dado Ca­­val­­canti repleta de simbologia. Desde que desembarcou no Durival Britto, em janeiro, Morales jamais foi titular absoluto – embora sempre tenha desfrutado da simpatia da torcida. Neste Brasileiro, iniciou em seis partidas e veio do banco em 10. Marcou seis gols, o último na rodada anterior.

Além disso, o estilo de jogo do cabeludo não lembra em nada a elegância dos boleiros acostumados com a 10 – ou, como se diz na terra natal do avante, "El Diez". Entretanto, a disposição de Morales é tanta que justifica entortar o conceito da numeração normalmente conferida aos craques.

"Existe uma simbologia no futebol mundial. Na maioria das vezes, o camisa 10 é elegante, de toque refinado. Mas eu decidi dar a 10 para o jogador que tem a maior força interna no grupo", justifica Cavalcanti.

Após permanecer por 16 rodadas no G4, o Tricolor é atualmente o 5.º colocado, com 45 pontos. Está a um ponto de distância do Avaí, na 4.ª posição. Restam apenas nove rodadas para o desfecho da Segunda Divisão.

De acordo com o treinador, a artimanha psicológica para a recuperação na competição já surtiu efeito em Fortaleza. Mesmo enfrentando o Ceará em franca ascensão, e empurrado por mais de 30 mil pessoas no Castelão, o Paraná mostrou força para estancar a série de três derrotas.

"Conversei com o Morales antes do jogo e pedi que ele não fosse o Messi ou o Maradona, mas o Morales que nós precisávamos, que contagiasse os outros. Foi o que aconteceu. E vamos precisar muito mais dessa força interior do que da técnica daqui para frente", complementa Cavalcanti.

Coincidentemente, logo após anunciar a manutenção do atleta com a 10 para hoje, o técnico ainda ouviu uma sugestão de um torcedor-mirim que acompanhava o treino de ontem no Durival Britto. "Quer uma dica? Põe o Morales de titular."

Tímido e ainda lutando para misturar o português ao espanhol, Juan José Morales parece, ou prefere, não demonstrar a importância repentina. "O treinador viu que eu estava fora muito tempo, como aconteceu com vários atletas. Agora depende do meu esforço para continuar", declarou.

Já sobre a condição de "brigador", o mais novo camisa 10 sabe o que se espera dele: "Nós temos de lutar até o último jogo. Suar a camiseta, defender o clube até a morte. O meu trabalho é esse e quando eu faço os gols fico ainda mais feliz".

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