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Nedo Xavier comandou o Paraná em 11 jogos na Série B, mas não resistiu à derrota para  o Oeste. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Nedo Xavier comandou o Paraná em 11 jogos na Série B, mas não resistiu à derrota para o Oeste.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Desmanche após o Estadual, elenco montado às pressas, contratações por atacado e o papel de Carlos Werner na atual diretoria. Estes foram alguns dos pontos abordados pelo técnico Nedo Xavier após o fracasso do Paraná sob seu comando na atual Série B.

Após 68 dias de trabalho, Nedo foi demitido do Paraná na tarde desta quarta-feira (8). Ao todo, o técnico comandou o Tricolor em 11 partidas da Série B. Foram três vitórias, três empates e cinco derrotas. Campanha que deixa o Paraná na 15.ª colocação, a apenas um ponto da zona de rebaixamento. Confira a entrevista que o treinador concedeu à Gazeta do Povo minutos após ter a demissão oficializada.

Como você analisa essa sua passagem pelo Paraná?

A análise completa deve ser feita pelos cronistas esportivos e comentaristas. Mas nós começamos do zero. Não tinha ninguém quando cheguei e, quatro dias depois, já tivemos a estreia na Série B. Não teve como fazer diferente.

Quais os principais problemas que você enfrentou no clube?

Quando cheguei o time não tinha sequer uma base. Do Campeonato Paranaense limparam todo mundo, não ficou ninguém para o Brasileiro. Aí você começa uma Série B com 80% dos times participantes mantendo uma base dos estaduais. Com bases boas e elencos formatados, só um leigo ou mal intencionado para não entender essa disparidade. Você entra totalmente em desvantagem.

Foram 17 contratações para a Série B e você saiu pedindo por mais reforços. Houve erro na avaliação dos novos jogadores?

A maioria dos jogadores eu nem conhecia. E eles também não me conheciam. Eram jogadores que chegavam e não se adaptavam, sem condições. Nós apostamos na loteria, chegou muita gente. O que dá certo, fica. O que não dá, você descarta. Tem também contratações que não encaixaram ainda, não tem como trabalhar assim. Futebol só com o tempo você acha um padrão de jogo. O certo é ter uma base e, em cima dela, trazer reforços.

Você acredita então que houve erro de planejamento por parte da diretoria na forma como foi conduzida a montagem do elenco?

Não digo que o erro é de agora. O Paraná já vem há tempos em uma situação ruim. Eu acho que o Paraná, com a diretoria atual, se chama Carlos Werner. Ele pode não ter experiência no futebol, mas tem boa índole, é de caráter. O Paraná deve a vida a Carlos Werner. Se ele sair do clube as coisas realmente se complicam.

Este elenco tem possibilidades de buscar a redenção na Série B?

O próximo treinador que chegar vai encontrar uma base, uma solidez, vai saber do potencial de cada jogador. É diferente de sair do zero. Hoje, depois de dois meses, você já sabe quem pode render e quem não pode. Há ainda necessidade de contratações, é algo que deve ser feito.

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