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No Orlando Scarpelli esvaziado por causa do protesto da torcida, Fernando Gabriel disputa jogada com Zé Roberto | Eduardo Valente/ Frame/ Folhapress
No Orlando Scarpelli esvaziado por causa do protesto da torcida, Fernando Gabriel disputa jogada com Zé Roberto| Foto: Eduardo Valente/ Frame/ Folhapress

Vestiário

Isolamento de Reinaldo compromete reação

A sequência de erros nos passes finais foi atribuída pelo técnico Dado Cavalcanti à distância entre a linha de meio, formada por Wellington e Fernando Gabriel, e o ataque, ocupado por Reinaldo. Segundo ele, a falta de interação entre os jogadores prejudicou uma reação contra o Figueirense.

"O que atrapalhou foi a aproximação dos dois com o Reinaldo, que ficou isolado na frente. Quem podia, se aproximou pouco. Com isso, perdemos uma virtude que apresentamos em outros jogos", disse o comandante paranista.

Apesar disso, ele exaltou a boa relação dos jogadores de meio de campo durante a partida. "Houve um entendimento bom entre eles. Ficamos mais com a bola, conseguíamos girar a bola nas jogadas. Eles trocaram muitos passes, que era o nosso objetivo", completou.

O propósito do técnico Dado Cavalcanti de recuperar pontos perdidos como mandante, além do cenário aparentemente favorável ao Paraná no Orlando Scarpelli, não ajudou o Tricolor no confronto de ontem com o Figueirense. A equipe paranaense foi derrotada pelo Alvinegro catarinense por 1 a 0, com gol de Pablo marcado aos 21/2º.

O revés veio após o treinador paranista afirmar que iria buscar fora de casa os três pontos desperdiçados contra o Oeste, no Durival Britto, na última semana. Além disso, encarar um adversário que se encontra no meio da tabela em um estádio com poucos torcedores – a organizada da equipe catarinense ficou do lado de fora em sinal de protesto à campanha do time na temporada – aumentavam o favoritismo paranista.

Para ajudar ainda mais, as derrotas de Joinville (2 a 1 para o Avaí) e da Chapecoense (2 a 0 para o ABC) melhoravam o panorama do Tricolor. Se vencesse, ficaria a um ponto do segundo lugar e a sete do quinto colocado, fora do G4.

Entretanto, a postura adotada pelo Figueira surpreendeu. Em um jogo equilibrado, com poucas oportunidades de gol dos dois lados, uma falha da defesa paranaense deu o espaço necessário para a equipe do técnico Vinícius Eutrópio acertar uma jogada, marcar e garantir o triunfo.

"A gente criou bastante, tentou chegar ao gol. Mas tem dia que é preciso caprichar um pouco mais. Infelizmente estávamos bem postados e tomamos o gol de cruzamento", disse o volante Ricardo Conceição na saída do campo.

Para o treinador Caval­­canti, a derrota em Floria­­nópolis não pode desmerecer o desempenho do Paraná, que soube manter o ritmo e executar o pouco trabalho realizado antes da partida.

"Essa derrota não significa que a equipe do Figueirense é mais competente. Foi um jogo de igual para igual. Eles erraram muito, nós erramos muito. E sabíamos da dificuldade, já que a equipe que está embaixo na tabela vai fazer o jogo da sua vida. Igualamos na vontade, na disposição. Mas era um típico jogo que a equipe que fizesse o gol sairia vencedora".

Mesmo com o resultado negativo, o Tricolor permaneceu no G4, ainda na terceira colocação, com 42 pontos. Porém, manteve o baixo desempenho longe de casa. Já são cinco derrotas, quatro empates e três vitórias, o que diminui o aproveitamento do time fora da Vila Capanema para 36%. Além disso, permaneceu o retrospecto negativo em terras catarinenses, onde o Paraná não vence desde julho de 2011.

No próximo sábado, o Paraná terá nova chance de melhorar sua atuação fora de Curitiba. Em Arapiraca (AL), o Tricolor enfrenta o Asa, às 21 horas, no Estádio Municipal.

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