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O volante Edson Sitta é um dos poucos remanescentes da campanha do ano passado | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O volante Edson Sitta é um dos poucos remanescentes da campanha do ano passado| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Adversário

Equipe cearense entra em campo em meio a situação de caos

O Icasa recebe o Paraná, na noite de hoje, em situação caótica. A equipe cearense voltou à zona de rebaixamento da Série B após a derrota para o rival América-RN, por 2 a 0, na rodada anterior.

Não bastasse a condição precária na tabela de classificação, o time comandado por Vladimir de Jesus realizou uma paralisação na manhã de ontem, reivindicando três meses de salários atrasados, além de outras premiações.

Os mandatários afirmam que dependem do recebimento de uma verba de patrocínio, no valor de R$ 900 mil, para poder quitar os ordenados em débito.

Após três horas reunidos com os diretores, os atletas aceitaram treinar normalmente no período da tarde de ontem. No entanto, o elenco não confirmou se iria concentrar para enfrentar o Tricolor. A diretoria, por sua vez, exige que os jogadores realizem a concentração normalmente, o que gerou impasse entre as partes.

Há três rodadas para o fim da Série B, o Icasa precisa somar no mínimo sete pontos para não ter que disputar a Série C em 2015. Apesar disso, a possibilidade de se recusar a entrar em campo hoje também não foi descartada. Caso esta seja a decisão dos atletas, o time pode enfrentar o Paraná utilizando seu elenco sub-20.

Restando apenas três rodadas para o fim da Série B, o Paraná enfrenta o Icasa, hoje, às 19h30, em Juazeiro do Norte, ainda em busca dos pontos necessários para evitar o rebaixamento para o terceiro escalão nacional.

O cenário desolador é bem diferente daquele que o Tricolor encontrou ao enfrentar os cearenses em 2013, no mesmo estádio Mauro Sampaio, em partida que fechou o primeiro turno da edição passada da Segundona.

Na ocasião, o time, então comandado por Dado Cavalcanti, vivia seu apogeu na disputa. Ostentando série de quatro partidas sem derrotas — alcançando dez, dos 12 pontos possíveis — o Paraná atropelou o Verdão do Cariri.

Com gols de Wellington, Kayke e do argentino J.J. Morales, a equipe venceu por 3 a 0, chegou aos 36 pontos e selou a primeira metade da competição na terceira posição, com margem de cinco pontos para o Joinville, então quinto colocado. No entanto, o pífio aproveitamento no segundo turno fez com que o elenco deixasse escapar, ao final do certame, o acesso que parecia garantido.

O vertiginoso fracasso na metade final da temporada passada, aliás, se reflete no onze inicial paranista que entrará em campo hoje. Apenas o goleiro Marcos, o volante Edson Sitta e o meia Lúcio Flávio permaneceram. Destes, somente os dois últimos eram titulares em 2013.

Agora, 14 meses depois, o Paraná retorna a Juazeiro com uma tarefa muito mais ingrata: espantar, definitivamente, o fantasma do descenso.

Como alento, um triunfo no Nordeste pode garantir, matematicamente, a permanência tricolor. Caso o time comandado por Ricardinho supere o Icasa — concorrente direto na luta contra a ZR — e veja o América-RN, outro adversário direto, perder para a Ponte Preta, também hoje, às 21h50, em Campinas.

A certeza da permanência antecipada permitiria ainda ao Tricolor encarar com menos tensão os cinco mil quilômetros de estrada que enfrenta entre o duelo de hoje e o confronto com o Bragantino — outro concorrente direto — sexta-feira, às 21 horas, em Bragança Paulista.

"Nós sabemos que existe a possibilidade de outros resultados nos ajudarem, mas temos um jogo de confronto direto, em que podemos ganhar e concretizar logo a permanência", afirma o lateral- direito Auremir, que ganha nova chance no time titular.

Auremir

Contratado no final de setembro e com vínculo válido apenas até o final de 2014, o lateral direito Auremir tem a chance de iniciar hoje, contra o Icasa, a segunda partida seguida na equipe titular do Paraná. Após deixar o Náutico, sua última equipe, o atleta enfrentou quase um ano de inatividade. Agora, no Tricolor, encontra a chance de recuperar o bom futebol. "Eu cheguei e sabia que teria que esperar minha chance. Entrar nessa fogueira valoriza ainda mais o meu trabalho e da comissão técnica", afirma o atleta.

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