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| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Escalação

A novidade no Paraná para o jogo de hoje em Goiânia será o atacante Arthur (foto), na vaga do suspenso Giancarlo. O prata da casa já havia entrado no lugar do artilheiro da equipe contra ABC e Vasco e no segundo tempo do duelo com o Vila Nova, quando marcou o terceiro gol tricolor, seu primeiro na competição. "É o substituto natural, vem entrando bem, jogando bem, marcando seu terreno na equipe", afirmou o técnico Claudinei Oliveira. Dúvida antes do embarque, o zagueiro Alisson treinou normalmente na tarde de ontem na capital goiana e está liberado para enfrentar o Dragão. Ele havia sofrido uma queda na partida de sábado e, com dores no quadril, foi poupado dos treinos anteriores. O atacante Adaílton, contratado na semana passada, viajou com o time e será opção no banco de reservas.

Dos 20 clubes da Série B, metade está com os salários atrasados. Apesar de bons e maus pagadores serem encontrados nas duas pontas da classificação, a maioria dos devedores está lá embaixo: entre os sete últimos colocados, seis passam por graves dificuldades financeiras, incluindo o 16º Paraná. No auge de sua crise, com os jogadores ameaçando entrar em greve na semana que vem, o Tricolor enfrenta na noite de hoje, às 19h30, em Goiânia, o também endividado Atlético-GO, que mesmo assim consegue fazer uma campanha razoável e ocupa o oitavo lugar.

INFOGRÁFICO: Veja como estão as finanças de cada clube da série b e a ficha do próximo desafio do Paraná

Após o ultimato à diretoria paranista há três dias, com uma semana de prazo para a situação ser resolvida, jogadores e comissão técnica garantem que o problema ficará em segundo plano nas duas partidas que serão realizadas no período.

"Estamos sempre focados, até a próxima terça [data do jogo com o Icasa, na Vila Capanema] o assunto financeiro não existe para nós. Pensamos apenas no jogo e nos pontos que vamos disputar. A gente tem mostrado que, independentemente da situação dos bastidores, os jogadores têm corrido, se dedicado. Isso é nítido. Até mesmo o torcedor já entendeu", afirmou o técnico Claudinei Oliveira, ontem, antes de o Paraná embarcar para Goiânia.

Em pronunciamento na terça, o capitão Lúcio Flávio declarou em nome da equipe que "a situação já passou do limite. São mais de cem dias de atraso". No dia seguinte, a diretoria afirmou em entrevista coletiva estar correndo atrás das verbas para os pagamentos, mas que tem sofrido com recursos penhorados – sem grandes explicações sobre a situação. Ontem, documentos obtidos pela Rádio Transamérica mostraram que a penhora se refere a casos de dois jogadores, um preparador físico e um supervisor que foram à Justiça após deixarem o clube (leia mais aqui), totalizando um valor de R$ 4,2 milhões.

O adversário desta noite também não está em situação financeira confortável. Durante a parada da Série B para a Copa do Mundo, os atletas se recusaram a entrar em campo em um jogo-treino, mesmo motivo pelo qual os boleiros tricolores se negaram a enfrentar o Coritiba no período. Há ainda pendências em relação às premiações do elenco campeão estadual. Assim como o Paraná, o Dragão também espera a liberação de dinheiro do patrocínio da Caixa Econômica Federal que está bloqueado por causa de outras contas atrasadas.

Para triunfar no duelo entre devedores, Claudinei Oliveira tem na manga o trunfo de ter comandado o Goiás, rival do Atlético-GO, durante o Estadual. "Joguei três vezes contra eles [duas nas finais]. Conhecemos alguns jogadores, assim como as dimensões do campo, coisas que podemos passar para o time. Além disso, o adversário não coloca muitos torcedores no estádio. São fatores que podem nos favorecer", aponta o técnico demitido justamente por perder a decisão estadual antes de chegar ao Tricolor.

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