Paraná perde para União processo de posse da Vila Capanema

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A União venceu o Paraná no processo pela posse do terreno da Vila Capanema no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF-4). Nesta quarta-feira (9), o desembargador revisor do processo, Ricardo Teixeira do Valle Pereira, deu voto favorável ao governo federal, concordando com o relator do caso, o desembargador Fernando Quadros da Silva, que havia declarado que a União seria a dona legítima do local por possuir o registro de matrícula do imóvel. Dessa forma, dois dos três desembargadores da 3ª Turma do TRF-4 foram contra a manutenção do terreno do estádio com o Tricolor.

O processo ainda não tem sentença final, já que a desembargadora Marga Inge Barth Tessler não votou e pediu vistas ao processo. Segundo a assessoria da procuradora Andrea Falcão de Moraes, da Procuradoria Regional da República, responsável pelo parecer do processo, o que está em discussão nesta fase é a posse do terreno e se o clube terá direito à indenização. O pedido de vistas da desembargadora foi feito para analisar a documentação do processo e determinar o mérito das duas questões.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a diretoria do Paraná afirma que não vai se manifestar até a conclusão da ação, já que qualquer parecer do clube neste momento pode interferir no processo. O Tricolor esclarece que, por não ter sido computado o terceiro voto, o processo não foi definido e ainda pode sofrer uma reviravolta.

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A área onde está o Estádio Durival Brito pertencia à Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA) - o Ferroviário, um dos clubes que deu origem ao Tricolor, era formado por funcionários da empresa estatal de transporte. Entretanto, em 2007 a RFFSA foi extinta e seu espólio passou para a União. Há 44 anos, desde que o Ferroviário se juntou ao Britânia para formar o Colorado, o processo sobre quem é o proprietário do imóvel no bairro Jardim Botânico corre na Justiça.

Troca

Antes do resultado adverso no TRF-4, a diretoria do Paraná já cogitava uma permuta para continuar na Vila Capanema. A proposta é costurar um acordo em que o Tricolor seguiria no Durival Britto em troca de um dos imóveis de propriedade do clube. Entretanto, o clube não revela qual seria o patrimônio oferecido à União: a Vila Olímpica do Boqueirão, parte da sede social da Kennedy ou o CT Ninho da Gralha.