• Carregando...
O técnico Nedo Xavier promete um time forte, apesar da limitação financeira: Paraná terá dois testes de peso em sequência. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O técnico Nedo Xavier promete um time forte, apesar da limitação financeira: Paraná terá dois testes de peso em sequência.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A tabela da Série B reservou ao Paraná em apenas cinco dias o encontro com dois dos recém-chegados à divisão e ao mesmo tempo donos dos orçamentos mais robustos da competição. Oportunidade de testar o refeito elenco paranista, como um termômetro diante da força financeira dos principais concorrentes ao acesso.

Primeiro, no sábado, uma visita ao estádio de Copa do Mundo contra o Bahia e seu caixa de R$ 60 milhões dispendidos para que o clube faça apenas um bate e volta na Segundona. O próximo oponente, que encerrou 2014 com uma folha de R$ 2,3 milhões, estipula um teto máximo de R$ 2 milhões na Série B.

Na terça-feira, o duelo de maior apelo na Vila Capanema nesta temporada. O Paraná recebe o Botafogo, o mais tradicional dos clubes da divisão de acesso. Com a queda para a Série B e as diversas dívidas que afetam o caixa alvinegro, o clube prevê que o futebol perca 33% de investimentos e, no geral, viu seu orçamento para 2015 cair em R$ 53 milhões: de R$ 158 milhões, em 2014, para os previstos R$ 105 milhões para esta temporada.

“Apenas” cerca de R$ 100 milhões a mais do que o Paraná conta em 2015. “Bahia, Botafogo, Criciúma, Vitória, financeiramente estão bem acima de todos os outros [por terem o dinheiro da Série A ainda]. Têm mais facilidade para formatar uma equipe, contratar, porque têm mais dinheiro. Agora, não quer dizer que com isso vão subir. Quantas equipes que saem do zero e conseguem subir. Eu mesmo em uma equipe no ano passado, com R$ 270 mil de orçamento, não subi por uma infelicidade no último jogo. Nós estamos formatando, estamos fazendo uma equipe forte, vai ser uma equipe forte. A gente tem certeza disso. A coisa vai chegar e nós vamos brigar por essa vaga”, defende o técnico Nedo Xavier.

Formatação difícil para um clube que antecipou todos os recursos que podia. Conta com a promessa do investimento dos Paranista do Bem. O aceno dos R$ 4 milhões, diante de tamanha penúria enfrentada pelo clube, deflagrou uma revolução na cúpula paranista, com a renúncia do presidente Rubens Bohlen.

Sem o prejuízo da redução das cotas de televisão no primeiro ano de descenso, tanto Bahia como Botafogo recebem um retorno robusto. Os cariocas entram no grupo 5, com repasse de R$ 45 milhões, enquanto os baianos entram no sexto e último grupo, com R$ 27 milhões pela transmissão.

A renda do Paraná, que criou raízes em sete anos de Segundona, é de R$ 3 milhões, já antecipados para cobrir o vermelho no caixa. Da praxe, também lançaram mão os próximos adversários.

O time baiano anunciou a medida em novembro, para ajudar a quitar salários atrasados. Apesar do desfalque nos cofres, somente em 2014 o Bahia realizou a maior venda de um jogador das divisões de base do clube, quando negociou Anderson Talisca por cerca de R$ 12 milhões. O clube ainda obteve receitas dos mais de 20 mil torcedores que se associaram ao clube, além do pagamento mensal da Arena Fonte Nova.

O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira também apelou à antecipação de cotas de 2016 para aliviar as finanças. Além disso pediu uma revisão nos valores do Fogão. “A diferença é grande demais para os outros clubes. O Botafogo é o clube que recebe a menor quantia entre os 12 maiores times de futebol do país”, afirmou no início do ano.

O Tricolor começou a vender nessa quinta-feira (28) os ingressos para o jogo com o Botafogo. A entrada mais barata custa R$ 50.

Colaborou Julio Filho

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]