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O piso duro da Vila Olímpica força a musculatura dos atletas | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
O piso duro da Vila Olímpica força a musculatura dos atletas| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Anderson e Edson Sitta têm contusão na panturrilha. A de Cambará é no tendão calcâneo. Os três são dúvida para o jogo de sexta-feira, contra o América de Natal. Vítimas do mesmo problema, o gramado da Vila Olímpica do Boqueirão, local de treinamentos do Paraná. Situação que levou a diretoria e a comissão técnica a variar os campos que o Tricolor usa na sua preparação.

Sem ter passado por uma grande reforma desde a inauguração do estádio, em 1983, o gramado do Érton Coelho Queiroz tem uma composição antiga, com a grama plantada imediatamente acima da terra. O resultado é um piso duro, que com a sequência de treinamentos provoca uma sobrecarga na musculatura das pernas. Panturrilha e tendão calcâneo, importantes na absorção do impacto, acabam sofrendo mais.

"Causa uma sobrecarga que contribui para as lesões dos três, que foram causadas por impacto, não por trauma", confirmou à Gazeta do Povo o médico Jonathan Zaze. "Tivemos muito treinamento em campo com lama, o que exige um esforço maior de uma musculatura que é pequena", acrescentou o preparador físico Fred Pozzebon.

Detectado, o problema foi levado à diretoria paranista. Imediatamente decidiu-se variar os locais de treinamento do time. Palco dos jogos, a Vila Capanema voltará a receber treinos. Somente nesta semana serão dois – um hoje e outro amanhã. Ainda assim, há uma preocupação em não sobrecarregar o gramado, trocado no primeiro semestre deste ano.

"Tivemos treino [domingo] e jogo [ontem] do sub-17. Tem dois treinos nossos, um treino do Atlético por contrato, o nosso jogo sexta-feira, o jogo do Atlético domingo. Também não podemos levar todos os treinos para a Vila Capanema", afirmou o superintendente de futebol, Celso Bittencourt.

Exatamente por isso, o clube irá incluir outros campos na sua agenda. O Ninho da Gralha, onde ficam as categorias de base, é uma opção. Outra é o CT Barcelos, no bairro Caiuá. A Vila Olímpica continuará sendo usada, mas em menor intensidade.

"Sempre treinamos lá e vamos continuar treinando. A ideia é que usando menos, a gente também consiga recuperar o gramado da Vila Olímpica. Com o ritmo atual, não conseguimos nem dar manutenção lá", disse Bittencourt. "A solução total mesmo, só quando trocarmos, como foi com a Vila Capanema", acrescentou. Ao menos por enquanto não há previsão de substituição do terreno do Boqueirão.

Caso Edson Sitta e An­­derson não possam enfrentar o América-RN, Dado Ca­­valcanti deve escalar Moacir no meio de campo e manter Alex Alves na zaga. Outra substituição provável é a entrada de Néverton no lugar do suspenso Roniery.

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