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Nada de treinos secretos, substituições misteriosas, respostas evasivas ou dúvidas no ar. Ao contrário do que costuma ser a conduta básica da maioria dos treinadores antes de jogos importantes para seu time, Tite resolveu jogar às claras. Sem pestanejar, o técnico do Corinthians não teve receio de comandar um coletivo - que é a atividade mais próxima de um jogo durante os treinos, separou o elenco em reservas e titulares e, depois de quase uma hora comandando a movimentação, confirmou o time que pega o Santos, nesta quarta (20), na partida classificada pelo próprio treinador como a mais importante da história centenária do clube.

"Está confirmado. Vai jogar o Willian", disse assim, sem rodeios o técnico, que chegou a testar Liedson na posição, aberta pela ausência de Emerson, suspenso pela expulsão na Vila Belmiro. Mas nem essa dúvida Tite deixou no ar: "O Liedson é opção, mas mais para durante o jogo".

A falta de temor de escancarar o time quando seus colegas costumam adotar atitude exatamente contrária pegou todos de surpresa. Mas para Tite, uma ação normal, uma questão até de preservação de seu elenco. "Não gosto de fazer atleta ansioso. Se treinou no dia a dia, tem que preparar para ir à partida. E eu também não vou ficar escondendo o jogo. Procuro ter esse limite de respeito, inclusive com o atleta. Se ele vai jogar tem que saber. E aí, tu confia".

E a julgar pelo treino e pelas palavras de Tite, o Corinthians que tenta ir à final da Libertadores será o mesmo que arrancou o 1 a 0 na primeira partida, na Vila Belmiro - salvo a entrada de Willian. O técnico treinou o time titular o tempo todo sem fazer experimentos táticos, com o setor ofensivo formado por Danilo, Alex, Jorge Henrique e Willian.

O treinador também não se preocupou em armar qualquer esquema especial de marcação em cima de Neymar. Embora ressalte a qualidade do atacante santista, Tite diz que prefere que seus jogadores estejam preparados para enfrentar de tudo e não apenas para brecar os dribles do camisa 11 santista. "A gente tem que estar precavido em todas as situações. Tem que imaginar Alan Kardec, Elano, Neymar no centro, na direita, na esquerda... Mas o que é mais importante para é repetirmos nosso padrão de atuação".

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