“Gegezão”

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No dia 29 de maio de 2007, o advogado Giovani Gionédis, então presidente do Coritiba, veio a público para anunciar a intenção de levantar um novo estádio para o clube na área do Pinheirão. A ideia foi encarada como um blefe de GG para tirar a Arena da Baixada no caderno de encargos de Curitiba para a Copa-2014.

Quase dois anos depois de causar pânico em alviverdes tradicionalistas e raiva nos atleticanos, o ex-dirigente resolveu, enfim, mostrar o projeto (imagens ao lado) – que foi vetado pelo Conselho Deliberativo do Coritiba. Seria uma obra de R$ 200 milhões, com capacidade para 40 mil pessoas.

"Hoje, com a crise mundial, ninguém mais constrói nada. Não há investidores, como havia antes. A Copa no Brasil, pode anotar, será bancada com dinheiro do governo", profetiza Gionédis.

A mágoa de GG...

A grande mágoa de Gionédis não é o naufrágio do seu estádio. O advogado lamenta muito o fato de o clube (na atual gestão) vender um terreno em Quatro Barras. Segundo ele, a área seria ideal para construir um hotel-concentração, pois o imóvel fica a apenas 4 km do CT da Graciosa.

...É a história do CT

O ex-dirigente, que garante não ser candidato à sucessão de Jair Cirino, comprou então o terreno em Quatro Barras por R$ 160 mil. "Inclusive, paguei R$ 10 mil a mais do que o pedido pelo clube", conta GG. A venda da área teve como argumento central o interesse alviverde por um terreno maior, fato que ainda não ocorreu, para um CT exclusivo às categorias de base.

Algo importante

Em meio à crise dentro de campo, a diretoria de futebol do Paraná pediu para a imprensa chamar o meia-atacante Bruninho pelo nome, sem o diminutivo. Ocorre que o próprio atleta prefere manter a alcunha. O clube acha que o apelido tende a depreciar o garoto.

Lentidão

O TJD-PR se nega a informar quando exatamente foi enviado o processo envolvendo o artigo 9º do regulamento do Campeonato Paranaense ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Mas a documentação foi encaminhada, com um atraso injustificável de 20 dias, na quarta-feira à tarde. Para entender: a ação tenta decifrar se o melhor da fase classificatória terá quatro ou sete mandos no octogonal.

Imbróglio

O STJD decidiu que vai franquear o processo do artigo 9º. Com isso, abrirá espaço para os clubes se manifestarem nos autos. Até agora, apenas o Atlético se insurgiu – claro, a favor do supermando. Tudo indica que a Futpar, associação das equipes no estado, vá encabeçar essa nova fase. Diante dos cuidados processuais, não há data para o julgamento.

Lei e ordem

Outra brecha do regulamento anima a diretoria do Paraná. O artigo 15 veda a inscrição de atletas após o término da primeira fase. Porém, o parágrafo único da mesma norma permite o retorno de atletas emprestados. Danielzinho, destaque do Iguaçu, eventualmente poderia até salvar o ataque paranista. Afinal, não há item no regulamento que impeça um jogador de defender mais de uma equipe no Estadual.

Descompasso

Em dez rodadas do Estadual ocorreram apenas três sessões de julgamento no TJD-PR com pautas sobre o campeonato. Há uma explicação: contrariando o que diz o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a procuradoria não tem denunciado atletas expulsos pelo segundo amarelo – o que alivia a pauta.

Hora marcada

Mesmo que Mário Celso Petraglia não consiga dois terços de assinaturas entre os 254 membros do Conselho Deliberativo, haverá um encontro do órgão possivelmente em maio – quando o clube discutirá o balanço financeiro anual. Depois disso, apenas uma sessão no fim do ano está agendada. O ex-presidente estaria disposto a "lavar roupa suja" no Conselhão.

Coisa séria

Gláucio Geara, presidente do Conselho Deliberativo, diz que Petraglia nunca lhe pediu pessoalmente uma reunião do órgão (houve um contato por telefone). Mas antecipa. "O grande conselho é coisa séria. Não vamos nos reunir para discutir o trabalho (leia-se salário) do Geninho ou coisa do gênero."