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Florianópolis – O ano que vem será um divisor de águas para Gustavo Kuerten. Ontem, em Florianópolis, ao lançar a sua própria marca de roupa, a Guga Kuerten, o tenista deixou claro que pretende acabar 2006 entre os melhores do mundo. Caso contrário, abandonará o tênis.

"Minha intenção é acabar entre os melhores, acho que ainda posso continuar por mais 3 ou 4 anos tranqüilo. Mas se no final do ano que vem não estiver num nível bom, seria uma frustração continuar jogando", afirmou para, logo depois, esclarecer que embora a possibilidade exista, é muito remota. "Mas isso (a aposentadoria) nem me passa pela cabeça. Pois estou me sentindo bem."

Atual número 293 do mundo, o tenista brasileiro espera entrar 2007, no mínimo, entre os top 50. O objetivo é estar entre os 20. Mas o que importará na decisão será a maneira como estiver se sentindo em quadra até lá. "Quero voltar a poder jogar partidas de quatro, cinco horas em seqüência sem sentir (dores). Ser competitivo e não ter que acabar o jogo o mais rápido possível"

Sem falar com a imprensa há mais de dois meses – o último contato havia sido na disputa da Copa Davis, em setembro, contra o Uruguai –, Guga chegou descontraído ao local do lançamento da marca, de mãos com a namorada Letícia. Com ela, sentou ao lado da mãe e do irmão e viu o desfile de modas, com as roupas que são a "sua cara" – ele inclusive participou da escolha da maioria dos modelos. Depois se dispôs a falar com a imprensa sobre o assunto que fosse. Mas pouca coisa nova veio à tona.

O principal foi o otimismo passado na hora de descrever como esta se sentindo após pouco mais de meio ano sob o comando do técnico argentino Hernán Gumy. O tenista afirma não estar mais limitado pela parte física. Diz também que voltou a conseguir variar seu jogo como antes e dar mais potência no golpe. Revelou inclusive a estratégia que utilizará para surpreender os adversários em 2006: a resistência.

"Quando eles jogam comigo ainda esperam que eu sofra com o preparo. E isso será uma surpresa e vai fazer a diferença", opina.

No fim, não podia faltar a opinião do maior tenista brasileiro da história sobre o presente e o futuro do tênis brasileiro. Mas em um ano que Guga foi mais um observador do que jogador, o que ele viu não agradou. Nem a aparente renovação, com Marcos Daniel sendo número um do Brasil é motivo de comemoração.

"Acho que seria melhor para ele ser o 5.º do Brasil, por exemplo, e o 40.º do mundo do que ser o primeiro e o 97.º", afirmou Kuerten que, sobre o futuro do tênis brasileiro, também colocou o próximo ano como um marco. "O que precisávamos hoje era ter um cinco novos jogadores entre os 200 ou 150 do mundo, e não não temos. A Espanha, por exemplo, tem. Acho que as coisas só vão melhorar daqui há uns cinco anos. E isso dependerá do nosso desempenho ano que vem."

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