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Em novembro do ano passado, quando a McLaren anunciou que o companheiro do bicampeão Fernando Alonso na equipe para a temporada de 2007 seria o inglês Lewis Hamilton, Ron Dennis – chefe da escuderia britânica – justificou a escolha dizendo estar certo de que o jovem piloto corresponderia às expectativas. Ele não errou.

Mesmo credenciado por diversos títulos – como o da Fórmula 3 em 2005 e o da GP2 em 2006 (deixando Nelsinho Piquet em segundo na principal porta de acesso à Fórmula 1), o inglês está superando qualquer previsão, a ponto de fazer até mesmo o badalado espanhol companheiro de equipe "comer poeira". Seria "fogo de palha" causado pela sorte que costuma acompanhar os principiantes, ou realmente se está testemunhando o desenvolvimento de um piloto singular, que demonstra verdadeiro potencial para deixar seu nome gravado junto aos imortais que fizeram história na Fórmula 1?

As apostas apontam para a segunda probabilidade. Para Carlos Cintra Mauro, do Sportv, um piloto que coleciona virtudes como o jovem inglês deve ser respeitado. "Ele é muito concentrado, focado e muito bom tecnicamente falando, pois não força demais o carro, não sobe muito na zebra e dedica muita atenção à parte mecânica da sua máquina. Isso tudo desde a época do kart", explica. "Dizer se ele realmente será um grande campeão seria fazer profecia, mas o meu palpite é o de que ele realmente fará história. Mas não tanto quanto o Michael Schumacher, que aproveitou uma época em que a Fórmula 1 permitia uma diferença muito grande entre as equipes."

Segundo o comentarista Cassiano Mariani, quem acompanhou o piloto em outras categorias não está se surpreendendo tanto. "Na verdade ele sempre foi rápido e, além de ser bem preparado, é naturalmente extraordinário", diz Mariani, para quem o título do inglês é só uma questão de tempo. "Havia a dúvida do tempo que ele levaria para se adaptar a uma categoria difícil como a Fórmula 1. Hoje essa incerteza não existe mais. A dúvida agora não é se ele será campeão, mas quando ele será."

O piloto da Stock Car e comentarista da Rede Globo, Luciano Burti, não esperava ver o novo prodígio das pistas com tamanha desenvoltura em sua primeira temporada na fórmula 1, mas ainda vê com cautela a exaltação do jovem talento. "Fogo de palha não é, porque para fazer tudo o que ele fez até agora tem que ter muito talento e capacidade, principalmente por se tratar de um estreante. No entanto, embora tenha um potencial enorme, ainda não dá para dizer que se trata de um fenômeno." (FM)

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