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Nos últimos anos, virou assunto no futebol brasileiro discutir se o Maracanã tem condição de receber um jogo de Copa do Mundo. Para o presidente de honra da Fifa, João Havelange, a resposta é não. E vale para quase todos os estádios brasileiros. A exceção é a Arena da Baixada.

Havelange afirmou na última terça-feira que para o Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014, da qual o país desponta como principal favorito e que pelo rodízio imposto pela Fifa será na América do Sul, o país precisa construir dez estádios novos ou reformar, de forma profunda e estrutural, os que já existem.

– A Alemanha vai apresentar dez estádios novos e modernos para a Copa deste ano. O Brasil precisa disso também, ou então, reformar os existentes. Mas essa reforma tem que ser profunda, mudar a estrutura e as acomodações dos estádios. Do jeito que estão, eles não têm condições. É só acompanhar o que acontece no futebol e ver que isso é uma realidade – afirmou o dirigente.

Quando fala em reformas estruturais, Havelange dá como exemplo o Estádio Olímpico de Berlim, que receberá a final da Copa deste ano. A fachada do estádio foi mantida, mas por dentro, ele foi todo destruído e construído novamente, de acordo com os padrões mais modernos.

– O estádio de Berlim é uma lição de como reformar um estádio. Ele é totalmente novo e moderno. Os espectadores vêem os jogadores de perto de qualquer lugar. Não é igual ao Maracanã, que do alto da arquibancada nós vemos o jogador pequenino – disse ele, acrescentando que o mesmo problema ocorre em outros estádios do Brasil, como o Morumbi.

Na opinião de Havelange, levantar recursos para oferecer dez estádios de qualidade é o grande desafio para o Brasil sediar a Copa. Ele disse que na Alemanha gastou-se 4 bilhões de euros (cerca de R$ 12 bilhões) nas instalações.

Apesar dos elogios de Havelange aos estádios da Copa da Alemanha, que ele visitou durante a última Copa das Confederação, em 2005, no país europeu eles são contestados. Um grande teste realizado pelo Stiftung Warentest, um organismo que se dedica à comparação e à análise de bens de consumo, dá cartão vermelho a quatro estádios, de Berlim, de Kaiserslautern, de Gelsenkirchen e de Leipzig, por questões de segurança.

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