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Yohei mira Kazu e revela o sonho de jogar a Copa-2014

Yohei Yawasaki chegou ao Brasil há dois anos e quatro meses para um período de intercâmbio. Ao conhecer o empresário Eros Ma­­thoso, porém, resolveu tentar a sorte no futebol brasileiro. Depois de passagens por Pa­­ranavaí, Ser­­ra­no e Pato Branco, o lateral-es­­querdo, de 22 anos, chegou rapidamente a um clube maior.

"Tinha sido campeão pela mi­­­nha universidade no Japão. Aí vim para o Brasil por intermédio do meu técnico, que havia vindo fazer um intercâmbio no Amé­­rica-MG. Depois encontrei o Eros e fiquei para jogar", descreve.

Ele quer aproveitar cada experiência no futebol brasileiro para voltar ao Japão com moral para brigar por vaga na seleção. "Meu objetivo agora é aprender sempre mais. Quero mesmo é jogar a Co­­pa de 2014 aqui", conta Yohei, com um português bem compreensível pelo tempo que está no país, mas que ainda causa mo­­mentos de paralisia ao não lembrar da palavra que pretendia dizer. Ou momentos de saia-justa, como ao perguntar, meio sem jeito, para o re­­pórter que o entrevistava o que era expectativa?

Ele se diz acostumado com a descrença a respeito de seu futebol. "Ninguém acredita. Mas se eu jogar bem posso provar a to­­dos. Foi um pouco assim nos ou­­tros clubes", diz o nipônico.

A inspiração, como não po­­deria ser diferente, é o atacante Kazu, que passou por Coritiba e Santos entre os anos 80 e 90 e mais tarde se tornaria ídolo na seleção japonesa. "Quero fazer um caminho parecido com o dele", sonha Yohei.

Outros japoneses que também passaram pelo futebol brasileiro, coincidentemente no Peixe, foram os meias Maezono e Sugawara. Mas essas tentativas de repetir Kazu não tiveram muito sucesso.

Há dois anos e meio no Brasil, ro­dando por clubes do interior pa­­ranaense, o japonês Yohei Iwa­saki foi apresentado ontem como jogador do Paraná. A mais exótica contratação do clube faz parte de uma rede montada pela nova diretoria após a dissolução da par­­ceria com a L.A. Sports no fim do ano passado. Principal responsável pelo futebol, o vice-pre­­sidente Aramis Tissot ativou ve­­lhos contatos para montar o Tricolor versão 2009.

Um deles é Eros Mathoso, re­­presentante de Yohei e do za­­gueiro Alessandro Lopes. Ele trabalhou com Aramis em 1994, quando o primeiro presidente do clube – entre 1990 e 91 – era o res­­ponsável pelo futebol na gestão de Ocimar Bolicenho. "Fui auxiliar do Tico (Cleocir Santos) e depois do Rubens Minelli", lembra Mathoso.

Tico é outro contato importante. Atualmente auxiliar de Mar­­celo Oliveira, foi uma das pes­­soas a recomendar a contratação do técnico, na qual Mathoso também teve participação direta. Dos 11 reforços contratados até o mo­­mento, quatro foram indicados ou aprovados pelo treinador. To­­dos ligados a Minas Gerais, terra de Oliveira.

Um deles, o já citado Ales­­sandro Lopes – cruzando duas ramificações da rede. O zagueiro e o meia-atacante Márcio Di­­o­­go foram comandados pelo téc­nico em 2009, no Ipatinga. O goleiro Juninho trabalhou com ele em 2007, no Atlético-MG, e o zagueiro Irineu foi revelado pelo Cruzeiro.

Mathoso também presta serviço de consultoria para a APK Sports, do agente Fifa Gian­­franco Petruzzielo. É jogador da empresa o lateral-esquerdo Gua­­­­ru, outro reforço paranista, assim como o lateral-direito Mu­­rilo, no clube desde a temporada passada.

"Esses contatos ajudam, claro. Mas não é só isso. O mais importante é o clube acreditar no jogador", diz Mathoso, usando Yohei como exemplo. "Muita gente faz piada quando fala de japoneses no Brasil, mas o Paraná percebeu que ele tem potencial."

Cada vez mais presente no mercado, Petruzziello faz questão de diferenciar sua empresa da L.A. Sports, espécie de braço da gigante Traffic. "Não somos in­­vestidores. Queremos apenas bons contratos para nossos atletas e ajudar o clube", diz, definindo o nicho de atuação como ge­­renciamento de carreira.

Outros empresários a encaixar jogadores no clube foram Lê (o atacante Douglas) e Odário Du­­raes (o zagueiro Diego Corrêa). Ambos já haviam feito negócios com o clube nos últimos anos. Ex-jogador paranista, o volante Hélcio é o representante de Már­­cio Diogo – avalizado pelo trei­­nador, em mais um cruzamento da rede. Para fechar a conta, o presidente Aquilino Romani in­­dicou o volante Emanoel, e o olheiro Will Rodrigues colaborou com os nomes do volante Chi­­cão e do lateral-direito Jéfferson.

Bruninho fora

O meia Bruninho provavelmente ficará fora do Campeonato Para­naense. No fim de semana, ainda de férias no litoral, o jogador le­­vou uma pancada forte no joelho direito em uma pelada com os primos. Exames preliminares apontaram ruptura de ligamentos. Uma ressonância magnética, cujo resultado sai hoje, apontará a gravidade da lesão. A partir dessa informação, serão definidos o tempo de afastamento e a necessidade de cirurgia. Assim, o Para­­ná vai intensificar a busca por um jogador da posição.

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