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Seis cavalos correram sob efeito de substâncias proibidas nos páreos realizados dia 21 de outubro, no Jockey Club do Paraná. O maior caso de doping registrado no estado envolve um participante do Grande Prêmio Paraná, principal prova turfística local, e o vencedor de uma das dez disputas do dia. O resultado positivo foi confirmado à Gazeta do Povo pelo ChromAnalysis, laboratório paulista que realizou os exames, e pela Comissão de Turfe do JC. Até o fim da semana, a entidade deve comunicar oficialmente o nome dos treinadores e as respectivas punições.

A revelação dos casos encerra uma suspeita iniciada no Jockey Club no meio do ano, quando vários indícios começaram a apontar a existência de fraude no controle antidoping. Por isso, o JC preparou um esquema especial para proteger as amostras colhidas de 22 animais na tarde do GP Paraná. No dia seguinte, dois dirigentes descobriram que a caixa com os frascos foi retirada de uma agência dos Correios, antes de ser enviada ao laboratório, pelo diretor antidoping do JC, José Ronaldo Garotti. Horas depois, o veterinário despachou a encomenda de outra unidade dos Correios. O episódio motivou a instalação de uma comissão de sindicância para apurar possível irregularidades.

Na quinta-feira passada, a comissão recebeu do laboratório o resultado dos exames. Proprietária do ChromAnalysis, que atende o Jockey Club desde 2010, Maristela Andraus confirmou à reportagem a existência de casos positivos e que eles ocorreram em uma quantidade maior do que em qualquer outra remessa de material mandada pela entidade paranaense. Integrante da Comissão de Turfe, César Augusto de Paula disse que foram flagrados seis cavalos de três treinadores diferentes e que a equipe responsável pela sindicância está dando encaminhamento ao caso.

O procedimento normal é convocar os treinadores, para oferecer a eles o direito de pedir contraprova. Caso seja confirmado o uso de substância proibida – pelo novo exame ou a partir da confissão dos responsáveis pelo animal –, o cavalo é desclassificado do páreo em que competiu dopado e seu treinador é suspenso. A pena mínima é de 90 dias e aumenta de acordo com o composto encontrado. No caso de cavalos, as substâncias dopantes mais comuns são anti-inflamatórios, diuréticos, estimulantes e broncodilatadores.

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