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Os violentos acontecimentos do último fim de semana no Rio de Janeiro, evidenciados pela morte de 14 pessoas, 10 ônibus queimados e a queda de um helicóptero da polícia por tiros de bandidos, receberam destaque nesta segunda-feira nos jornais de todo o mundo. Em referência aos Jogos Olímpicos de 2016, que será sediado pela cidade carioca, ficou o questionamento sobre a segurança.

Os jornais franceses ficaram impressionados com o helicóptero abatido pelos traficantes do Morro dos Macacos, na zona norte do Rio. O "Le Figaro" definiu como cenas de uma guerra civil. Segundo o "Libération", é algo nunca visto, mesmo em um Brasil escaldado pela violência, e alertou para a audácia dos chefes que comandam as favelas.

"Parece não ter mais limites"

Sede dos Jogos de 2012, a Inglaterra, com o diário "The Independent", escreveu que, para um governo que mal acabou de celebrar seu sucesso ao vencer a candidatura olímpica, é um constrangimento muito grande os eventos ocorridos no fim de semana.

"O Rio já é considerada uma das cidades mais violentas do mundo, mas sábado foi intenso e fora do comum, forçando autoridades a enviar palavras tranquilizadoras em relação aos Jogos."

Países derrotados pelo Brasil na disputa pela sede olímpica, Espanha e Estados Unidos, que concorriam com Madri e Chicago, respectivamente, não pouparam críticas ao violento fim de semana no Rio. De acordo com o "El País", a intervenção da polícia na briga entre facções é uma prova clara do poder do crime organizado na cidade.

"Os grupos, como o Comando Vermelho e Amigos dos Amigos, continuam fortemente armados, algo que lhes dá um poder de fogo que preocupa bastante as autoridades cariocas, principalmente tendo em vista os Jogos Olímpicos de 2016."

O americano "Christian Science Monitor" foi mais além. Disse que, apesar dos esforços do governador Sérgio Cabral e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em afirmar que a situação vai melhorar, a população está incrédula que a violência na cidade pare de acontecer por causa das Olimpíadas.

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