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Continua tudo como está. O Real Brasil é o vice-campeão da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense deste ano, vencida pelo Toledo, e assim segue participando da Copa Paraná. A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) no início da noite desta quinta-feira (12).

Após analisar a ação, impetrada pelo Toledo, na qual a agremiação do Sudoeste acusava o Real de ter escalado irregularmente o jogador Rodrigo Guedes da Silva, que não estava com o nome no Boletim Informático Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em alguns jogos, o tribunal julgou improcedente a punição em primeira instância, que previa a perda de seis pontos do Real – o que tiraria o vice da Divisão de Acesso do clube, além de custar a vaga na Copa Paraná.

O maior beneficiário, caso ocorresse a punição, seria o Auritânia/Foz do Iguaçu. Mas segundo o advogado de defesa do Real, Domingos Moro, o regulamento é claro. "A Federação Paranaense de Futebol diz que o jogador é considerado regularizado a partir do momento em que tem a carteirinha da entidade, o que atesta a sua inscrição. Além disso, a própria CBF já divulgou nota afirmando que, em competições estaduais, não é necessário a inclusão do nome dos atletas no BID", explicou.

Ainda segundo Moro, o caso é idêntico ao do jogador Paulo Augusto, do Rio Branco. Na ocasião, na qual o advogado também defendia o Leão, o clube de Paranaguá acabou eliminado da Copa do Brasil por conta da escalação do meia, sem o seu nome constar no BID, em um torneio nacional.

"Assumi esse processo do Real há dois dias apenas, tive algumas dificuldades, mas consegui contorná-las. Acho que vencemos porque sou testemunha viva do que aconteceu com o Rio Branco. O caso do Paulo Augusto era igual a esse. Acho que deveria haver uma mudança neste regulamento (do Paranaense), no qual apenas a carteirinha atesta a regularidade do jogador", complementou Moro.

Tanto Toledo quanto o Auritânia podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mesmo com decisões anteriores favoráveis aos clubes na situação do Real Brasil. "Não posso afirmar que eles não podem reverter a situação, mas o fato é que já é sumulado pelo STJD que para os estaduais vale o registro da federação, e no caso do Paraná, é uma carteirinha. Essa é a tendência, caso a decisão chegue até o tribunal", finalizou ao advogado.

Por enquanto, nenhum dos dois clubes – Toledo e Auritânia – pronunciou se irá recorrer ou não da decisão.

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