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Eliminado do Paranaense e da Copa do Brasil, o Coritiba entra na sua principal competição em 2007, a Série B, a partir de 12 de maio, quando enfrenta o Paulista no Couto Pereira. No discurso da diretoria, tudo que foi feito até agora representou um grande laboratório para formar uma base visando o acesso à Primeira Divisão.

Contratado no início do ano para liderar o departamento de futebol do clube, o coordenador João Carlos Vialle atendeu à Gazeta do Povo para fazer um balanço do trabalho até aqui e falar sobre as possibilidades do Coxa na Segundona.

O que o Paranaense e a Copa do Brasil representaram para o Coxa?Início da montagem da equipe que estava totalmente desfigurada. Chegamos ao fim do Estadual com a base montada e tendo a melhor campanha entre todos os participantes. Pelo regulamento não estamos na final, mas somamos mais pontos (41). A estrutura está pronta para o Brasileiro, o trabalho não foi jogado fora.

Mesmo com as eliminações a avaliação segue sendo positiva?As eliminações fazem parte de regulamentos e do futebol. O Internacional foi campeão Mundial de Clubes, mas na Libertadores e no Gaúcho não passou de fase, e nem por isso vão mandar todo mundo embora. O São Paulo é uma das maiores equipes do mundo e está fora do Paulista. Esse tipo de consideração não tem nada a ver.

Qual a avaliação do trabalho do Guilherme Macuglia?Nas últimas 19 partidas só perdeu duas. O trabalho dele é ótimo, é um bom profissional, de bom diálogo e trabalhador. É bom deixar em conta que o Macuglia não chuta a bola na trave, não entra em campo e não perde pênalti. Então, se existe falta de competência no plantel, isso deve ser jogado para nós dirigentes, que fomos quem contratou os jogadores.

Os reforços de seleção prometidos pelo senhor já vieram, ainda vão vir ou de agora em diante a linha de contratações é diferente?Alguns vieram. Embora eu tenha falado reforços em nível de seleção brasileira, não se pode negar que o Muñoz é um reforço em nível de seleção da Colômbia. O Fabinho, que se apresentou na quinta-feira, foi de seleção sub-20, o Anderson Lima já jogou na seleção. Quando disse reforços nesse nível eu não quis dizer Kaká e Ronaldo. São jogadores que já tenham tido a oportunidade de defender a seleção mais no sentido de ser um nível de Série A. Continua a intenção de trazer atletas de ponta, mas aí tem o problema do dinheiro e da disponibilidade do mercado. A grande dificuldade é trazer jogador de primeira linha que queira disputar a Segunda Divisão.

O time teve muitos problemas de contusão. Existe um levantamento antes de contratar os jogadores sobre o histórico de lesões?O departamento médico faz a avaliação total quando os jogadores são contratados. Jogador que veio com contusão foi só um: o Caíco (operou o joelho esquerdo no ano passado). Só que o problema atual da coxa direita dele não tem nada a ver com o joelho. No restante foram fatalidades. O Edmílson, o Santiago e o Muñoz, por exemplo, chegaram em Curitiba com 100% de condições. A única exceção foi o Caíco com o qual tínhamos um risco calculado.

Qual a situação atual do Marlos?Não houve retorno do procurador dele (Serginho Prestes) de uma nova proposta para o Coritiba. Estamos aguardando e o prazo vai até o dia 12 de maio.

E se o contrato não for renovado até lá (o vínculo vence em 31 de janeiro de 2008)?Aí o Marlos não joga a Série B e não fica nem treinando com os profissionais. Volta para os juniores.

Marlos fez falta nos últimos jogos decisivos?Não.

De onde vêm os próximos reforços do Coritiba?Para o interior do Paraná não estamos olhando muito. Nosso foco é em outros estados e no exterior. Não tem ninguém contratado ainda. Estamos conversando com vários jogadores.

Quais são as posições carentes no elenco?Na reunião que será feita na segunda-feira (amanhã), às 18 horas, com toda a comissão técnica e com os demais elementos do departamento de futebol, vamos receber do Macuglia as impressões dele e trabalhar em cima disso.

Qual a avaliação do trabalho do olheiro Will Rodrigues?Ele está fazendo o que tem de fazer, avaliando jogadores e fazendo relatórios. Há pouco me entregou um relatório com avaliações e em cima desse trabalho vamos partir à caça de reforços.

Quais são os grandes rivais do Coritiba na luta pelo acesso?O Criciúma, campeão da Série C e que está na final do Catarinense, as equipes de ponta de São Paulo como São Caetano, Paulista, Marília e Portuguesa, além de times de outros estados, como o Ipatinga, Vitória, Fortaleza e o Santa Cruz. São entre 10 e 12 equipes disputando quatro vagas.

O goleiro Ricardo Villar, emprestado para o Democrata-MG e melhor da posição no Mineiro, ainda tem contrato com o Coritiba?Não, ele foi emprestado e o contrato já acabaria no fim do Paranaense. Ele já estava para ser liberado e não tem mais vínculo conosco.

No ano passado quem estava no cargo que o senhor ocupa era o Capitão Hidalgo, que hoje tem um grande desgaste com a torcida. O senhor não teme isso também?O desgaste vai depender dos resultados. Se não conquistarmos nossa meta que é a volta à Primeira Divisão o desgaste não vai ser só meu, mas sim de todos que estão no clube. Se conseguirmos subir, a vitória não será só minha. Será de todos também. Só que não estou preocupado com desgaste, estou preocupado com o Coritiba.

O senhor é candidato a presidente do Coritiba no fim do ano?Não sou candidato e não pretendo ser candidato. Isso foi uma coisa que saiu da cabeça do André Ribeiro (atual vive-presidente), eu acho. Jamais pensei nisso e ninguém conversou comigo.

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