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Leonardo assumiu nesta segunda-feira o cargo de técnico do Milan com uma difícil missão: convencer os torcedores de que o time continuará forte mesmo sem Kaká. Cerca de 100 torcedores foram ao CT do clube nesta segunda e mostraram seu descontentamento por causa da transferência do meia para o Real Madrid.

O brasileiro, que inicia seu primeiro trabalho como técnico, afirmou que não há motivos para temores. "A base do time é a mesma, ainda que sem Kaká. Estou entusiasmado e testaremos várias formações para superar as dúvidas, que fazem parte do meu trabalho", contou o ex-jogador, que vinha ocupando um cargo de direção no clube, e substitui Carlo Ancelotti, que foi para o Chelsea.

A presença de um ídolo como treinador não foi o suficiente para aplacar a ira da torcida. A bronca era não apenas com a saída de Kaká, mas também com a falta de reforços para suprir a perda de outros astros, como o zagueiro Maldini, que se aposentou, aos 40 anos, e o meia Beckham, que voltou para o LA Galaxy, nos Estados Unidos.

"Pensem primeiro no clube, depois nos seus interesses particulares", diziam os cartazes dos manifestantes, quando o técnico os jogadores que voltavam das férias. Para Leonardo, os substitutos já estão no elenco: o zagueiro Thiago Silva, ex-Fluminense, está no clube desde janeiro mas só agora poderá ser inscrito, e é apontado como o sucessor do capitão Maldini; e Ronaldinho Gaúcho, que passou a maior parte da última temporada no banco, está pronto para liderar o time.

"Ele tem um grande talento e é alguém que interpretou a maneira de jogar futebol de uma forma diferente. Ronaldinho precisa se engajar, treinar duro e manter a concentração. Ele precisa fazer isso no campo e, se conseguir, poderá voltar a ser um jogador importante, aos 29 anos", afirmou Leonardo.

A irritação dos torcedores aumentou porque, no jornal "Gazzetta dello Sport" desta segunda, Berlusconi já havia se antecipado a possíveis protestos e elogiado o elenco. "Decidimos mirar o futuro, renovando nosso grupo. Ninguém tem na Itália, do ponto de vista técnico, uma equipe tão forte quanto a nossa. Temos grandes jogadores, como Pato, Ronaldinho, Pirlo, e jovens promessas."

Berlusconi aproveitou para criticar os gastos dos grandes clubes da Europa. "O futebol deveria voltar à normalidade. Não deveríamos comprar a qualquer custo. Se o Real Madrid tem esses recursos, melhor para eles. Nós estamos bem, porque nos deram 67 milhões de euros (R$ 178,1 milhões, da venda de Kaká), então nem posso criticá-los muito", ironizou.

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