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Igual a Da Vinci, seu xará renascentista, o novo treinador do Milan pretende usar os últimos avanços da ciência para criar uma obra-prima do futebol.

Leonardo, o estreante técnico brasileiro que assinou contrato de dois anos para substituir Carlo Ancelotti no time italiano, quer proporcionar um futebol atrativo a partir da análise detalhada dos dados físicos e de performance de cada jogador.

Ainda que essas técnicas já tenham sido usadas por algumas equipes de Inglaterra, Espanha e Alemanha, os times da Série A italiana têm avançado pouco na área e Leonardo planeja uma pequena revolução.

Mais parecido a um gerente de futebol que a um típico técnico, o ex-jogador do Milan, de 39 anos, também vai manter a maior parte de suas antigas tarefas como diretor técnico.

"Eu tenho a ideia de ter dois assistentes que vão usar dados técnicos e informações científicas", disse Leonardo, campeão da Copa do Mundo de 1994 como jogador, em entrevista coletiva nesta segunda-feira no San Siro.

"As pessoas vão me ver mais com terno e gravata, isso é verdade."

Ancelotti, que liderou o Milan nas conquistas da Liga dos Campeões em 2003 e 2007, saiu após duas temporadas mal-sucedidas e foi anunciado como novo comandante do Chelsea.

Leonardo disse que sua abordagem não será muito diferente, com o bom futebol como primeiro objetivo.

"Eu tenho a ideia de treinar com bola, de ter um time que seja rápido com a bola", afirmou. "O estilo do Milan, a filosofia, continua. O esquema 4-3-1-2 é nossa identidade, mas isso pode mudar. Eu quero jogar no ataque, de um jeito que divirta."

O sucesso recente de Pep Guardiola no Barcelona em sua primeira temporada aumentou a expectativa de que o estreante Leonardo possa fazer algo parecido após o terceiro lugar do Milan no último Campeonato Italiano.

"Hoje é normal falar sobre o Barcelona, vendo o que aconteceu neste ano", disse Leonardo em um italiano perfeito, uma das cinco línguas que ele fala.

"Meu estilo não será baseado em ninguém, será meu próprio estilo", acrescentou, após dizer que a seleção brasileira de 1982 foi o melhor time do mundo e que o italiano Fabio Capello, técnico da seleção inglesa, é o melhor treinador da história.

Leonardo tem duas prioridades imediatas: manter Kaká em meio ao assédio do Real Madrid e tirar o máximo de Ronaldinho após uma primeira temporada mediana no Milan.

"Kaká, como muitos outros grandes jogadores, será cortejado por muitos clubes importantes. Eu não acho isso estranho", declarou. "Definitivamente, é importante que nós o mantenhamos conosco. Ele é um grande ponto de referência para o time."

"Eu vejo em Ronaldinho um desejo enorme de redescobrir sua melhor forma. Os jogadores que eu pedi foram Lionel Messi e Cristiano Ronaldo", sorriu.

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