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Vitor Belfort venceu a principal luta da noite. | PAULO WHITAKER/REUTERS
Vitor Belfort venceu a principal luta da noite.| Foto: PAULO WHITAKER/REUTERS

Com o ginásio do Ibirapuera lotado, em São Paulo, as principais estrelas brasileiras do MMA deram um show no UFC Fight Night 77 e levantaram o público com vitórias convincentes. Nas principais lutas da noite, Vitor Belfort, Glover Teixeira e Thomas Almeida ganharam seus combates e ainda sonham com o cinturão de suas categorias.

A luta principal foi entre os veteranos Vitor Belfort e Dan Henderson, no terceiro duelo entre eles, após uma vitória para cada lado. A luta começou bastante estudada, apenas com Henderson buscando alguns chutes na perna do brasileiro. Belfort, então, deu fim à calmaria, acertou um chute no rosto do norte-americano, e depois deu socos até o combate ser paralisado aos dois minutos e sete segundos do primeiro round.

“Ele me acertou com um chute, eu caí, tentei me recuperar, mas o árbitro encerrou o combate. O resultado foi justo”, lamentou “Hendo”. Vitor, por sua vez, agradeceu à torcida brasileira, sua equipe e sua família, incluindo a mulher Joana, que estava presente no ginásio e festejou muito a vitória. “Ir devagar era a estratégia desde o início. Ele estava esperando que eu fosse partir para cima com muita intensidade. Esperei o momento certo e ataquei. Tive paciência. O que eu não fiz na última luta, fiz agora.”

Glover Teixeira não deu a menor chance para Patrick Cummins e massacrou o adversário até conseguir o nocaute técnico, com a interrupção do combate. O resultado coloca o mineiro novamente em rota de colisão com o cinturão da categoria meio-pesado. “O plano era esse mesmo, de nocauteá-lo no segundo round. O Patrick é um oponente duro, difícil de derrubar, aguentou sequências duras de socos nas lutas anteriores, mas eu sabia que, com paciência, eu só precisava esperar a hora certa para vencer”, disse.

Com um show de nocautes, Thomas Almeida e Alex “Cowboy” levantaram o público no ginásio do Ibirapuera. Lutando em casa, Thominhas não deu chance para Anthony Birchak e manteve a invencibilidade, agora de 21 lutas. “Quem o UFC mandar para mim, estarei pronto. Quero ser o melhor”, avisou o brasileiro.

Ele ficou bastante emocionado com os gritos da torcida. “Ainda não caí na real do que aconteceu. Me preparei muito, me dediquei muito. Essa luta tinha um algo a mais, por ser em São Paulo, me deu uma motivação maior, uma pressão minha em mim mesmo, estou muito feliz e emocionado por ter na minha equipe as pessoas que eu amo e que me ajudaram a conquistar essa vitória.”

Já Alex “Cowboy” Oliveira venceu o polonês Piotr Hallmann com um belo nocaute no 3º round. O resultado deu novo ânimo ao atleta, que vem de duas vitórias no UFC. “Passei um sufoco, mas consegui virar o jogo. Estava preparado, pedi proteção para Deus e saí vitorioso”, comemorou Cowboy.

Dois brasileiros, no entanto, perderam no início do card principal. Fabio Maldonado não teve chances diante de Corey Anderson, que usou as quedas para desgastar o rival. “Treinei de tudo no meu camp, mas o que mais fez a diferença foi o wrestling. Até acertei alguns socos nele ali na grade, mas eu tinha a vantagem do wrestling e eu a usei”, disse Anderson.

Na sequência, o russo Rashid Magomedov não deu chances para Gilbert “Durinho” Burns e quase nocauteou no segundo round, mas o duelo acabou indo para a decisão dos juízes, que deram vitória unânime para o russo. “Ele é um adversário duro, mas meu treinamento funcionou”, explicou Magomedov.

O destaque do card preliminar foi Gleison Tibau, que teve uma vitória tranquila por finalização sobre Abel Trujillo e avisou que pretende superar a marca de Tito Ortiz de 27 lutas no UFC. Tibau chegou a 26 combates, assim como Frank Mir, que também ainda está em atividade. “São 17 vitórias na história do UFC, estou ansioso para quebrar esse recorde de lutas”, disse o brasileiro, para delírio dos fãs.

Quem também mostrou serviço foi Thiago Tavares, que superou o cabeludo Clay Guida por finalização com apenas 39 segundos de luta. Na pesagem, os dois trocaram provocações, e quando venceu, Tavares desabafou e não quis cumprimentar o rival. “Quero agradecer a todos que acreditaram no meu trabalho. Eu era o azarão nessa luta, mas eu tenho o melhor jiu-jítsu da categoria”, afirmou o lutador, que completa 31 anos neste domingo.

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