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Alviverdes

Fora, Gionédis – Foi encerrada ontem a coleta de assinaturas do movimento Fora, Gionédis, organizado por torcedores do Coritiba. Segundo Edson Fink, um dos responsáveis pela mobilização que durou oito meses, na Boca Maldita, o documento reuniu 38.124 assinaturas. A relação será entregue aos candidatos à presidência do clube.

Renovação – Fora do jogo contra o Santa Cruz, Douglas Silva já está discutindo a renovação do seu contrato com o Coritiba.

Substituto – Veiga é o mais cotado para substitui-lo contra o Santa, mas o volante ainda não está sem 100% recuperado da última lesão muscular.

Em agosto, Antônio Lopes convenceu técnico a ficar

Tornar público o fato de que não vai continuar no Coritiba em 2008 – e de que não se entende com o coordenador de futebol João Carlos Vialle – fez o técnico René Simões envolver um outro personagem na sua quase saída do clube em agosto, após um empate por 1 a 1 com o Gama, no Couto Pereira: o ex-técnico coxa-branca Antônio Lopes.

"Discuti feio com o presidente (Giovani Gionédis) e me demiti. No dia seguinte, o Vialle me chamou para almoçar e por coincidência o Antônio Lopes me ligou, disse que o Giovani era meio intempestivo, mas era uma boa pessoa. O Lopes me convenceu a ficar", afirmou.

A versão de René não é aceita pelo coordenador. Segundo Vialle, foi ele o único responsável pela continuidade do técnico que comandou o retorno do Verdão à Série A.

"Fiquei mais de três horas conversando com ele e o convenci que não era o momento de sair. Ele tinha sido demitido do clube. Primeiro me disse para eu nem perder meu tempo, depois resolveu ficar. Já tinha até entrevista coletiva marcada. Agora muda a história que ele mesmo contou na época", acusou. (RL)

René Simões não continuará no Coritiba em 2008. A notícia, revelada pelo próprio técnico que vai assumir a seleção da Jamaica em janeiro, não surpreende. O que chamou a atenção foi como assunto veio à tona.

Antes do treino de ontem, René reuniu todo o elenco por aproximadamente 40 minutos e explicou os motivos que o fizeram decidir dar adeus depois do jogo com o Santa Cruz, sábado, no Recife. O treinador revelou dificuldade de relacionamento com o coordenador de futebol João Carlos Vialle, que é o candidato a presidente indicado por Giovani Gionédis.

"Quando o Giovani anunciou o candidato dele eu já avisei que não ficaria", afirmou, lembrando o dia 3 de novembro, data do empate por 2 a 2 com o Vitória, que garantiu o acesso à Série A.

A crise entre Vialle e René teve a gota d'água nos últimos dois dias. Primeiro, o dirigente reuniu o elenco, pediu para a comissão técnica se retirar e revelou que o técnico já tinha compromisso com os jamaicanos na próxima temporada. Depois, o técnico resolveu atacar.

"Não entendo por que ele fez isso. Só pode ser inabilidade", disse René, temendo que o fato atrapalhe no desempenho do time que depende só de suas forças para conquistar a Série B em Pernambuco. "Se vai atrapalhar eu não sei, mas ajudar com certeza não vai. Firmei um pacto com os jogadores pelo título. Vamos fazer uma oração no aeroporto para os que estão embarcando e os que ficam", afirmou.

O problema gerou uma reunião de emergência da cúpula coxa-branca. A demissão do treinador antes do duelo com o Santa não foi cogitada, mas as respostas de Vialle aos questionamentos dos repórteres mostram que o clima entre ele e René não é bom há muito tempo.

"Há pessoas que não gostam de ser cobradas. Se o coordenador de futebol não pode cobrar quando o time ganha 5 pontos em 15 disputados, não sei para que ele serve", ponderou, referindo-se à queda de produção da equipe após a garantia da subida à Primeira Divisão. "Não fui eu quem revelou nada para a imprensa. Foi ele mesmo que anunciou a saída. Aí vocês avaliam quem foi inábil", rebateu o coordenador.

Os dois "chefes" do futebol alviverde não se falam desde a miniexcursão ao Nordeste, em outubro, quando o Coxa perdeu para Fortaleza e CRB.

"Fui cobrá-lo pelos resultados e disse que não gostaria de mandá-lo embora. Depois daquilo ele nunca mais falou comigo", revelou o dirigente. "Isso (problema de relacionamento) vem há muito tempo. Tenho 54 anos, não foi fácil suportar esse fardo", admitiu o treinador.

No meio da metralhadora giratória de farpas entre René e Vialle, o aviso em tom de bronca veio de Giovani Gionédis. "Tomará que esses dois sejam maduros o suficiente e não percam esse título."

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