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Paulo Rink foi embora do Atlético sem dar tchau. Após 18 anos como atleta profissional, o agora ex-jogador deixou os gramados e entrou para história com um "Olá Furacão, como vai?". A identificação declarada do camisa 11 com as cores rubro-negras fez da festa de ontem à noite na Arena não uma despedida, mas sim um grande reencontro.

E como não poderia deixar de ser, brilhou no amistoso a saudade. O placar de 4 a 1 para o Atlético contra os Amigos de Paulo Rink não teve significado nenhum – exceto pelo gol do homenageado, o quarto, após Ferreira, Dênis Marques e Alex Mineiro marcarem, com Matosas descontando em uma estilosa cobrança de pênalti. O que valeu foram as boas lembranças.

Dos tempos em que Paulo Rink e Oséas despontaram para o Brasil, após uma brilhante campanha no Brasileiro da Série B, quando foram campeões, e no ano seguinte, chegando novamente à fase decisiva do nacional, agora na Série A.

"Foi muito gostoso reencontrar todo mundo, trocar passes com o Paulo novamente, sentir o gostinho de jogar na Baixada, agora tão moderna", disse o camisa 9 das trancinhas.

Da categoria refinada do uruguaio Matosas, que ganhou massa abdominal, mas não perdeu nada do futebol que encantava os puristas da bola no velho Joaquim Américo. Mesmo do outro lado, como o uruguaio, vestindo a camisa branca do adversário, Ricardo Pinto foi mais rubro-negro que o time de Vadão, e como era de costume, acabou efusivamente saudado pela torcida.

Duelo com o Cachorrão

Graças à identificação de Paulo Rink com o Atlético, o clube pôde reencontrar jogadores que foram o próprio Atlético quando não se tinha quase nada. E a valentia de Alex Lopes, Reginaldo, Guni e Leomar (no banco) esteve de volta à Baixada. Reginaldo, aliás, travou o duelo da noite, quando Paulo Rink trocou de lado e atuou pelo Furacão no segundo tempo.

"Ele pediu para eu aliviar, mas não dei chance", declarou o ex-zagueiro.

O Cachorrão fez o camisa 11 suar e brigar como sempre, até conseguir deixar a última marca.

"Eu comecei aqui e só poderia terminar aqui. Foi uma grande emoção rever todo mundo, e o gol foi apenas para fechar com chave de ouro", comentou Rink, ao sair de campo, mas não do Atlético, aos 26 minutos do segundo tempo.

"Eu vi a 11 (a placa) e pensei ‘é a minha’. Será que tenho que sair mesmo? Nessa hora falou forte o coração."

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