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Giovani Gionédis terá de convencer os cerca de 600 sócios com mensalidade em dia – e direito a voto – para continuar dando as cartas no Coritiba até o fim de 2007, quando terminará o seu terceiro mandato (seis anos) na presidência do clube.

Baseado nos quatro processos de impeachment protocolados no Conselho Deliberativo por conselheiros e torcedores, o presidente do colegiado, Júlio Góes Militão da Silva, irá publicar ainda nessa semana em jornais de Curitiba o edital de convocação da assembléia geral. O referendo para a cassação de Gionédis só acontecerá dia 10 de janeiro, na Sociedade Thalia. "O estatuto diz que os associados terão de se reunir quarenta dias após a convocação pública", explica Militão.

"O Conselho atuou de maneira ponderada durante todo esse tempo para não atrapalhar o desempenho do time. Aguardamos até ontem (segunda-feira) porque havia a possibilidade do Giovani renunciar. Agora esgotou. Respeitaremos o posicionamento dos sócios", completou o dirigente.

A assembléia decidirá também se o impedimento fica restrito ao presidente ou se engloba os nove membros do Conselho Administrativo, que na segunda-feira ganhou dois novos integrantes nomeados por Gionédis: Jorge Ângelo Wachelke e Celso Moreira serão os substitutos dos opositores Luís Guilherme de Castro e Evangelino da Costa Neves, apesar da resistência dos "demitidos". "Quem decide isso é o Conselho. Em março eu queria renunciar, ele não aceitou. Agora não quero mais sair. Vou ficar até o fim para votar a saída dele", retrucou Castro.

No primeiro caso, quem assume é o vice-presidente eleito na chapa de Gionédis, André da Costa Ribeiro, concluindo normalmente o mandato. Porém, na hipótese contrária, o próprio Militão comandará temporariamente o Coritiba, convocando eleições para até 30 dias depois da cassação. "Como se trata de um pleito novo, qualquer interessado, desde que apto, pode se candidatar", disse Militão, esclarecendo que o mandato-tampão termina igualmente em 2007.

Assinatura

A apresentação na segunda-feira de um laudo técnico elaborado pelo laboratório de perícias Fontécnyko comprovando que as assinaturas "emanaram de um único e mesmo punho escritor" não colocou fim à novela da suposta falsificação da assinatura de Evangelino da Costa Neves.

Ontem o procurador do ex-presidente Raul Rangel protocolou no Conselho um novo pedido de cassação de Gionédis. "O laudo é fraudulento, unilateral e será objeto de apreciação do Ministério Público", afirmou Rangel, que hoje fará representação junto à Procuradoria Geral de Justiça contra o presidente coxa. "O Ministério Público pedirá uma perícia isenta que comprovará que a assinatura não é do Evangelino. Usarei todos os recursos jurídicos imagináveis para afastar o Gionédis do comando do Coritiba", reforçou o advogado.

Interatividade

Giovani Gionédis agiu bem ao não renunciar à presidência do Coritiba?

Deixa o homem Acho que foi uma atitude correta do Gionédis, pois as coisas nao podem ser abandonadas de uma hora para outra. Se ele foi eleito para um mandato, deixa o homem terminar o que começou.Daniel MonteiroSem climaO grande problema é que o Gionédis não tem mais clima. Ele perdeu a credibilidade com os torcedores. Para o bem dele e do clube, deveria ter renunciado.Marcelo Munhoz

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