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Manifestante é detido pela polícia em protesto em Belo Horizonte | Sebastião Moreira / EFE
Manifestante é detido pela polícia em protesto em Belo Horizonte| Foto: Sebastião Moreira / EFE
  • Carro foi incendiado em confronto com a PM em BH

Cerca de 50 mil manifestantes participaram de uma marcha nesta quarta-feira (26) rumo ao Mineirão, em Belo Horizonte, onde o Brasil venceu o Uruguai na semifinal da Copa das Confederações. Os manifestantes entraram em confronto com os policiais, que responderam com bombas de gás. Pelo menos 40 pessoas foram presas, de acordo com a Polícia Militar (PM).

Por volta das 22h, o clima já era mais tranquilo no entorno do estádio. Cerca de meia hora antes, 100 manifestantes insistiram em bloquear o trânsito na Avenida Amazonas. Eles foram dispersados pela PM, que utilizou bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral.

O estrago na cidade, porém, foi grande durante o dia. Carros foram incendiados e houve vandalismo em uma loja de motos, que teve veículos roubados e também incendiados.

Início

Cinco pessoas foram detidas ainda na região central de Belo Horizonte, na área da concentração, por porte de material como bolas de gude e estilingues. Durante a concentração, na praça Sete, a PM revistou mochilas e bolsas quem chegava ao local. Outras pessoas foram presas na altura do conjunto IAPI, na avenida Antônio Carlos, após tentarem depredar um supermercado.

A passeata partiu do centro da capital mineira por volta das 13h30, de forma pacífica, e chegou às imediações do estádio às 15 horas. O protesto, convocado pelo Copac (Comitê Popular dos Atingidos pela Copa), teve adesão de outros movimentos sociais e entidades sindicais.

O primeiro confronto teve início quando um pequeno grupo se separou da maior parte dos manifestantes e tentou se aproximar do estádio, onde foi montado forte esquema de segurança. Os manifestantes começaram a atirar pedras nos policiais que faziam cordão de isolamento na Avenida Antônio Abrahão Caram. A PM reagiu lançando bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O local é o mesmo onde foram registradas cenas de violência em protestos realizados nos dias 17 e 22 de junho.

Também foi registrado um princípio de confronto no cruzamento das avenidas Presidente Antônio Carlos e Santa Rosa, a pouco mais de um quilômetro do Mineirão. A PM impediu que os manifestantes seguissem em direção à Lagoa da Pampulha e um grupo começou a atirar pedras nos policiais. Como no outro ponto de conflito na tarde desta quarta-feira, a reação foi com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, além de tiros de balas de borracha.

Além da Copac, participam do protesto manifestantes vinculados a CUT, CTB e Conlutas, movimentos sociais como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), punks e militantes do PCO (Partido da Causa Operária).

Acordo

Na noite de terça-feira (25), um acordo dos ativistas do Copac com o governo de Minas definiu que a tropa de choque da PM ficaria mais recuada no ponto onde começaram os confrontos com os policiais no último sábado.

Na ocasião, 66 mil pessoas foram às ruas e marcharam até o estádio. Enquanto México e Japão jogavam pela Copa das Confederações, um grupo que estava junto aos manifestantes entrou em confronto com a polícia. A violência resultou em 37 feridos - dez deles PMs - e 32 presos.

Concessionárias, agências bancárias e sinalização de avenidas foram depredadas.Em votação ocorrida nesta quarta-feira, os manifestantes decidiram que marchariam até as proximidades do Mineirão pela avenida Antônio Carlos e que não subiriam a avenida Abraão Caram, onde começaram os confrontos de sábado.

A PM distribuiu um panfleto nesta quarta-feira aos manifestantes pedindo "paz". No panfleto, também há dicas de como agir em caso de pessoas infiltradas quererem provocar o tumulto. A orientação é que os manifestantes se sentem ao chão, de forma que a polícia possa identificar os vândalos.

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