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A brasileira Marta é um dos destaques da "Fifa Magazine" de setembro. Em uma entrevista exclusiva de quatro páginas, a melhor jogadora do mundo fala da expectativa para a Copa do Mundo da China, o futuro do futebol feminino e como foi o começo de carreira no Vasco.

Após o ouro no Pan-Americano e a medalha de prata na última Olimpíada, Marta não tem medo de afirmar que só pensa na conquista do inédito título para a seleção. O Brasil está no Grupo D e na primeira fase vai enfrentar Nova Zelândia, China e Dinamarca.

- Chego para ser campeã do mundo. Estou convencida de que o Brasil pode conquistar o título pela primeira vez porque temos uma boa equipe e jogadoras sensacionais como Pretinha, Kátia Cilene e Formiga. Será uma Copa do Mundo com partidas emocionantes por causa do desenvolvimento do futebol feminino nos últimos anos.

Marta, que foi eleita a melhor jogadora do último Pan e ganhou o direito de colocar os pés na calçada da fama do Maracanã, revelou quais países considera os principais adversários do Brasil na luta pelo título mundial.

- Estados Unidos e China continuam sendo as potências do futebol feminino. Mas a Alemanha, atual campeã, também está com uma seleção muito forte. Mas essas seleções não me dão medo e no futebol feminino não há nenhuma seleção insuperável. Todos nós estamos em um mesmo nível.

Tristeza com situação do futebol feminino no Brasil

A brasileira mostrou-se chateada com a situação do futebol feminino no Brasil. Algo que espera mudar após o sucesso no Pan-Americano.

- Durante a premiação da melhor do mundo da Fifa em dezembro do ano passado, em Zurique, na Suíça, fiquei conversando com a americana Kristine Lilly e a alemã Renate Lingor. E elas me contaram como o futebol feminino recebe apoio e consegue formar novas jogadoras em seus países. Senti tristeza, mas também desgosto, ao ver que no Brasil não recebemos esse apoio. O problema é que apesar de meninas jogarem futebol, elas não encontram a ajuda necessária para se tornarem boas jogadoras como eu.

Marta contou com foi difícil começar a jogar bola no Brasil e demonstrou um carinho especial pelo Vasco, seu primeiro clube no país.

- Viajei durante três dias de ônibus. Foram mais de 1.500km. O treinador do Vasco ficou impressionado com a habilidade com que driblava e dominava a bola. Então o clube me contratou e pagou todos os meus gastos. Fiquei morando com amigos da minha família. Três anos depois joguei o meu primeiro Mundial. Tinha 17 anos. Aos 18 acabei sendo contratada pelo Umea, da Suécia.

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